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Governo duplica o preço da gasolina para 300 kz com retirada gradual dos subsídios

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O governo anunciou, nesta quinta-feira, 1, a retirada gradual de subsídios à gasolina, que vai passar dos actuais 160 kwanzas para 300 kwanzas/litro, mantendo a subvenção de 160 kwanzas para os serviços de táxis, para os sectores agrícola e das pescas, anunciou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Junior.

De acordo com o ministro — que falava aos jornalistas no Centro de Imprensa Anibal de Melo (CIAM), logo a seguir à reunião do Conselho de Ministros —, esta eliminação das subvenções estatais à gasolina será gradual e contará com medidas de mitigação do impacto social, incluindo excepções para várias actividades, como os taxistas, moto-taxistas, assim como nas áreas da pesca artesanal, agricultura e transportes rodoviários colectivos de passageiros.

A referida medida, que entra em vigor à 01h00 desta sexta-feira, 2, não abrange os restantes combustíveis derivados do petróleo, como o gasóleo, petróleo iluminante ou de cozinha, que vão manter os preços actuais.

O governante esclareceu que, neste momento, os taxistas e moto-taxistas licenciados e que estão a ser licenciados, terão um cartão de consumo de combustível para acautelar o impacto dos preços das corridas de transporte público inter-municipais e inter-urbanos, utilizados pela maioria da população.

Manuel Nunes Júnior justificou a decisão do governo referindo que a subvenção aos derivados de petróleo tem criado grandes problemas não só à Sonangol, petrolífera estatal, mas também às finanças públicas, razão pela qual o Estado decidiu avançar com os mencionados reajustes.

“A Sonangol compra os derivados de petróleo ao preço do mercado internacional (583 kz por litro) e vende-o nas bombas ao preço subvencionado (160 kz), e não tem recebido, por dificuldades de tesouraria por parte do Tesouro Nacional, o valor desta subvenção”, fundamentou.

Em 2022, a subvenção aos preços dos combustíveis ascendeu cerca de 1,98 bilião de kwanzas, o correspondente ao câmbio actual a 3,8 mil milhões de dólares norte-americanos.

“É uma medida necessária”, vincou Manuel Nunes Júnior, salientando que os seus efeitos vão ser vistos paulatinamente.

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