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Gaza. Sobe para 469 o número de rockets lançados por milícias palestinianas

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O número de rockets lançados pelas milícias palestinianas em Gaza contra Israel subiu para 469, após a última ronda de ataques, divulgou o exército israelita, cujas tropas atacaram 133 alvos da Jihad Islâmica desde o início da actual escalada.

Parte significativa dos rockets lançados nesta quarta-feira, 10, contra cidades como Telavive e Beersheva atingiu áreas despovoadas, 153 foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea israelitas e 107 caíram dentro de Gaza.

O exército israelita não forneceu números oficiais sobre o número de impactos registados em áreas urbanas, estimados em cerca de uma dezena, sem causar feridos.

Paralelamente, a Força Aérea continuou a atacar as posições da Jihad Islâmica Palestina (JIP) no enclave, incluindo centros de comando militar, locais de fabrico de rockets, plataformas de lançamento de mísseis e depósitos de armas.

Depois de ocorrerem 15 mortes na Faixa de Gaza na terça-feira, 9, o número subiu para 22 esta quarta-feira, incluindo nove milicianos e 13 civis, e ainda seis crianças. O número de feridos em Gaza é agora de 64.

A resposta das milícias ocorreu por volta das 13h30 (10h30 em Luanda), com o lançamento de rockets quer contra as comunidades israelitas perto de Gaza, quer contra cidades como Telavive ou Beersheva.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, manteve esta quarta-feira uma conversa telefónica com o seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, a quem agradeceu o “apoio contínuo ao direito de Israel de se defender”.

Gallant, de acordo com o seu gabinete, também transmitiu a Austin que o exército israelita está preparado “para qualquer cenário, incluindo uma campanha prolongada e multi-frontal (militar)”.

Já o primeiro-ministro israelita alertou que a troca de tiros com as milícias de Gaza “ainda não terminou”.

“Demos à ‘Jihad’ Islâmica Palestina (JIP) em Gaza o golpe mais duro da sua história”, realçou esta quarta-feira Benjamin Netanyahu, durante um discurso transmitido pelas estações de TV, no qual se referiu aos ataques do exército israelita a alvos do grupo palestiniano na Faixa de Gaza, que começaram na terça-feira com o assassinato de três dos seus principais dirigentes.

As declarações dos governantes israelitas foram feitas ao mesmo tempo que Egipto, Qatar e as Nações Unidas continuam a tentar negociar uma trégua, algo que até agora falhou.

Embora Israel e as milícias em Gaza tenham reconhecido que há negociações para mediar um cessar-fogo, nenhum dos lados deu qualquer indicação clara de que estão a progredir.

A ofensiva israelita contra os três líderes da Jihad Islâmica ocorreu uma semana depois de uma curta escalada de violência na região, que incluiu o disparo de mais de 100 rockets de Gaza, na sequência da morte de um veterano do JIP após 86 dias em greve de fome numa prisão israelita.

A situação actual é semelhante às hostilidades de Agosto de 2022 entre o exército israelita e a Jihad Islâmica, também após o assassinato por Israel de altos membros do grupo e que durou três dias de intensos combates, resultando em 50 palestinianos mortos.

LUSA

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