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Fitch Solutions prevê descida de 20% na produção petrolífera angolana até 2031

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A consultora financeira Fitch Solutions prevê que a produção de petróleo em Angola caia 20% até 2031, devido à maturação dos poços petrolíferos e à falta de investimento crónico em novas descobertas.

Numa nota, citada pela Lusa, sobre a manutenção da produção abaixo do limite definido pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), enviada esta segunda-feira, 21, aos seus clientes, a Fitch Solutions explica que “a principal razão para o crescimento medíocre da produção petrolífera angolana é o efeito do legado da maturação dos poços petrolíferos”.

“A queda na produção dos poços actuais de Angola significa que é preciso uma taxa maior de crescimento da produção para manter a produção nos níveis actuais. Angola precisa de cerca de mais 36 mil barris por dia de produção para anular o impacto do declínio natural”, afirmam os analistas desta consultora, detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings.

No mesmo comentário, a consultora acrescenta que “Angola tem assistido a uma pequena subida dos níveis de produção, com a entrada em funcionamento de vários pequenos projectos”, mas que, neste trimestre, prevêem que “a pequena subida de produção estagne, regressando a um crescimento negativo em 2023, com o efeito do declínio dos poços a materializar-se”.

De acordo com a consultora, a produção de Angola tem andado em cerca de 1,1 milhões de barris por dia desde o princípio do ano, bem abaixo do limite de cerca de 1,5 milhões de barris por dia imposto pela OPEP.

“O novo limite para Angola, ao abrigo da produção total da OPEP, está muito acima das capacidades de produção e as taxas de crescimento anteriores indicam que há uma probabilidade muito baixa de Angola se aproximar dos limites da OPEP a curto prazo”, concluem os analistas.

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