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Fitch Ratings prevê excedente orçamental de Angola de 4,3% até final do ano

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A agência de notação financeira Fitch Ratings prevê para Angola um excedente orçamental em torno de 4,3% até final do ano, e uma significativa redução do rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB), que descerá para 56,5% este ano comparativamente aos 79,7% do ano passado e com os 123,8% de 2020.

Numa nota enviada esta semana aos seus clientes, citada pela Lusa, a Fitch Ratings, reviu a perspectiva de evolução do rating de Angola de Estável para Positivo, antevendo uma subida da opinião sobre a qualidade do crédito soberano angolano.

“Os preços mais elevados do petróleo e a nossa expectativa de uma contínua restrição orçamental vão sustentar uma melhoria na perspectiva de evolução orçamental”, escreveram os analistas na nota que explica a perspectiva de evolução do rating, que é mantido em B-, abaixo do nível recomendado para atracção de investimentos.

Na análise às finanças públicas do país, os analistas alertam para uma possível subida da pressão sobre as contas públicas, caso os preços do petróleo voltem a baixar.

“O serviço da dívida continua altamente sensível a movimentações no kwanza, por causa do significativo montante de dívida em moeda estrangeira”, adverte a Fitch, acrescentando que “os pagamentos de juros da dívida deverão descer para 15,7% das receitas este ano, melhorando face aos 22,2% de 2021”.

Na visão da agência de notação financeira, os acordos que Angola vem fazendo com os bancos chineses “vão manter os custos de amortização da dívida pública elevados, em cerca de 5,5 mil milhões de dólares por ano entre 2023 e 2025”.

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