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EUA desaconselham viagens à China devido a detenções arbitrárias

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos recomendaram esta segunda-feira, 3, que os seus cidadãos reconsiderassem viajar para a China, devido às preocupações das autoridades norte-americanas com a liberdade de expressão e detenções aleatórias denunciadas contra o regime de Pequim.

A nova recomendação das autoridades de Washington D.C., citadas pela Associated Press, surgem depois de, na semana passada, o regime chinês ter aprovado uma nova lei de relações internacionais que podem levar a uma maior regulação sobre a actividade de cidadãos estrangeiros.

Além disso, em Maio, um homem norte-americano de 78 anos foi condenado à prisão perpétua na China, por alegada espionagem contra o Partido Comunista Chinês (PCC).

A lei já levou a acções concretas por parte da polícia, registando-se várias rusgas e sanções contra escritórios de empresas estrangeiras e críticos estrangeiros do regime.

Na recomendação, os EUA avisam que “o governo da República Popular da China invoca aleatoriamente leis locais, incluindo a proibição de saída para cidadãos norte-americanos e de outros países, sem um processo justo e transparente ao abrigo da lei”.

Esta proibição, explica o Departamento de Estado, serve para intimidar os indivíduos a ajudar investigações do governo ou a resolver disputas diplomáticas com as autoridades homólogas norte-americanas.

“Cidadãos a viajar ou a residir na República Popular da China podem ser detidos sem acesso aos serviços consulares dos Estados Unidos ou sem informações sobre o seu alegado crime”, acrescentam os norte-americanos, acusando as autoridades chinesas de terem um “critério vago para considerar uma grande série de documentos, dados, estatísticas e materiais como segredos de estado, para deter cidadãos estrangeiros por alegada espionagem”.

Algumas das acções que podem motivar esta resposta são coisas tão simples como enviar uma mensagem privada que critique o regime, investigar áreas e informações consideradas sensíveis ou ir a um protesto.

A recomendação também se aplica a Hong Kong e a Macau, territórios que, nos últimos anos, têm visto a sua autonomia regional ser cada vez mais absorvida pelo poder do estado central de Pequim, liderado por Xi Jinping.

Esta não é a primeira vez que Washington recomenda contra visitas à China e, em resposta, o governo de Pequim avisa os seus próprios cidadãos que poderão enfrentar discriminação racial, crime, custos elevados com despesas médicas, entre outros factores.

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