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epa10471559 US President Joe Biden speaks to members of the media at the Eisenhower Executive Office Building in Washington, DC, US, 16 February 2023. Biden spoke about the series of objects the US has downed over the past two weeks, including an alleged Chinese spy balloon, in his first extended public remarks about the episode. EPA/Al Drago / POOL

EUA. Biden assina pacote de ajuda militar e envio começa nas próximas horas

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O Presidente norte-americano, Joe Biden, assinou hoje uma medida de ajuda militar que inclui assistência à Ucrânia, Israel e Taiwan, assegurando que um pacote de material de guerra seguirá para Kyiv “nas próximas horas”.

O anúncio da Casa Branca marca o fim de um longo impasse político, com os republicanos no Congresso a bloquearem a assistência militar à Ucrânia na sua divergência de posições com os democratas.

“Estivemos à altura do momento. Estivemos unidos. E conseguimos. Agora precisamos de agir rapidamente”, disse Biden, no evento na Casa Branca para anunciar a assinatura da medida de ajuda externa.

Biden também garantiu que o envio de material militar para Kyiv começará nas “próximas horas”, cumprindo a promessa de iniciar a entrega deste pacote de ajuda no valor de 61 mil milhões de dólares (cerca de 57 mil milhões de euros) que inclui veículos blindados e outras armas para reforçar as forças ucranianas no esforço para repelir a invasão russa.

Contudo, a longo prazo, permanece incerto se a Ucrânia — depois de meses de perdas militares no leste do país e de ter sofrido enormes danos nas suas infraestruturas — poderá fazer progressos suficientes para sustentar o apoio político norte-americano antes de gastar o mais recente influxo de dinheiro.

“Isto não vai favorecer os ucranianos no Donbass, e certamente também não em outras partes do país”, disse o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, referindo-se ao coração industrial do leste, onde a Ucrânia sofreu reveses.

No documento hoje assinado por Biden, está ainda uma disposição que dá à empresa proprietária da rede social TikTok, ByteDance, com sede em Pequim, nove meses para vendê-la ou enfrentar uma proibição nacional nos Estados Unidos.

O presidente poderá conceder uma prorrogação única de 90 dias, elevando o prazo de venda da empresa para um ano, se certificar que há um caminho para o desinvestimento e “progresso significativo” na sua execução.

Por detrás desta decisão está uma avaliação por parte do Governo dos EUA e de um grupo bipartidário do Congresso de que esta rede social chinesa constitui uma preocupação crescente para a segurança nacional.

A empresa que controla o TikTok já respondeu e disse que travará um processo legal contra o que chamou de “esforço inconstitucional” do Congresso.

“Acreditamos que os factos e a lei estão claramente do nosso lado e que acabaremos por prevalecer”, afirmou a empresa num comunicado.

LUSA

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