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Estado angolano já recebeu 599 mil milhões kwanzas dos mais de 1,2 biliões de kwanzas do Programa de Privatizações

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De um total em torno dos 1,2 biliões de kwanzas, arrecadados com a alienação de mais de 70 activos e empresas, desde o início do Programa de Privatizações (PROPRIV), em Outubro de 2019, o Estado recebeu, até ao momento, apenas 599 mil milhões de kwanzas, estando por receber 422 mil milhões de kwanzas.

Os dados foram avançados, nesta terça-feira, 5, pelo secretário de Estado para Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, quando falava à imprensa no final da reunião da Comissão Nacional Interministerial do PROPRIV.

Em 2023, foram privatizadas seis empresas, estando a decorrer leilões de um conjunto de activos, como as lojas da rede ‘Poupa Lá’, duas unidades industriais da Zona Económica Especial e os silos de Catete.

Ottoniel dos Santos assinalou que a reunião, a última do ano, serviu para o balanço daquilo que foi todo o PROPRIV, no que se refere aos compromissos de arrecadação, valores já transferidos, quer para o Estado, quer para as unidades representativas do Estado nas unidades vendidas.

O secretário de Estado para Finanças e Tesouro disse ainda que foram criados pelo PROPRIV mais de 2000 postos de trabalho e preservados outros 1000.

De acordo com Ottoniel dos Santos, foram também identificados um conjunto de activos que, “estando em condições, podem ver o seu momento de privatização antecipado para dar alguma celeridade ao programa”.

“Vamos ainda ver se ao longo de 2023 pode ser lançado um concurso que tem a ver com as unidades que estão na província de Cabinda e estarão no próximo dia 8 de Dezembro a entrar também para a privatização. O processo será lançado nessa altura”, disse.

O membro do executivo disse que, apesar de o programa se ter iniciado num momento adverso, com a pandemia da Covid-19, ainda assim, os resultados alcançados são satisfatórios, porque conseguiu chegar a esta altura, depois de renovado o processo de privatização, em Março deste ano, com 78 activos já privatizados.

“Faltam ainda, do ponto de vista daquilo que são activos a privatizar, aqueles que percebemos ser activos que são ou serão privatizados com recurso a procedimentos mais trabalhosos. Estamos a falar de oferta pública inicial na bolsa de valores, estamos a falar de leilão em bolsa e estamos a falar também de concursos públicos”, sublinhou.

Com efeito, vão ser introduzidos no processo de privatizações 39 instalações hoteleiras, para responder à expectativa de dinamização do sector do turismo e ao aumento da procura de mercado.

São unidades hoteleiras espalhadas por diversas províncias do país, segundo Ottoniel dos Santos, que referiu os hotéis da rede AAA, que vão passar a fazer parte do programa de privatizações, sob proposta da comissão para o PROPRIV.

Recorde-se que, em Março deste ano, o Presidente João Lourenço prorrogou o PROPRIV por mais três anos, para alienação de 73 novos activos e participações do Estado, até 2026.

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