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“Em Angola tratamos a educação como um sector determinante para a valorização do capital humano”, afirma Ana Dias Lourenço em Abuja

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A primeira-dama da República de Angola, Ana Dias Lourenço, disse, nesta segunda-feira, 14, em Abuja, na capital da Nigéria, que em Angola a educação é vista como um sector determinante para a valorização do capital humano, destacando a aposta do executivo na educação inclusiva e equitativa, com a promoção de oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

“Em Angola tratamos a educação como um sector determinante para a valorização do capital humano. Temos um cuidado particular com a educação das raparigas, pois educar uma mulher é educar uma Nação”, afirmou a primeira-dama da República, quando discursava no lançamento da Campanha Unificadora ‘WeAreEqual/Somos Todos Iguais’, em Abuja.

Segundo Ana Dias Lourenço, desde 2021 foram formados dez mil 357 professores do ensino primário e do secundário em saúde menstrual, e mais de 30 mil adolescentes beneficiaram de informações sobre a matéria, recebendo 15 mil cuecas menstruais.

Avançou que nos últimos quatro anos foram distribuídas 21 mil e 244 bolsas de estudos para o ensino secundário, das quais dez 10 729 foram para meninas.

A primeira-dama angolana referiu também que, últimos anos, foram construídas e reabilitadas mais de mil escolas do ensino primário e secundário, bem como apostou-se na formação de professores em matéria de educação e saúde menstrual.

“Com o projecto de empoderamento das meninas e aprendizagem para todos, prevê-se, neste ano, a construção de 55 novas escolas e reabilitação de sete”, reforçou.

Falando sobre a igualdade do género, a primeira-dama lembrou que, como patrona da Fundação Ngana Zenza para o Desenvolvimento Comunitário (FDC), continua comprometida com a igualdade no género e empenhada na melhoria da qualidade e expansão da educação, bem como no empoderamento das meninas e meninos nas comunidades.

Referiu que estas iniciativas estão também direccionadas às mulheres, aos jovens, em particular às jovens mulheres de vários segmentos da sociedade como agentes de mudança e influência nas respectivas comunidades.

Saudou a Campanha ‘Todos somos Iguais’, anunciando que Angola fará, em breve, o seu lançamento e vai continuar a advogar para dinamização de programas educacionais em África, buscando reavivar os esforços existentes para alcançar plenamente o objectivo 4 dos ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável).

Referindo-se ao quadro angolano, lembrou que Angola apostou seriamente na redução das disparidades entre homens e mulheres impostas pelo sexismo estrutural, pelos estereótipos sociais e pelas estruturas patriarcais enraizadas por questões culturais e tradicionais.

Em face das vicissitudes existentes, sublinhou, a educação é vital para o futuro de qualquer país, admitindo que que no país, nos diferentes níveis de ensino, ainda se registam diferenças entre homens e mulheres, mas que o governo tem apostado seriamente na redução desta diferença.

A convite da sua homóloga da Nigéria, Olumeri Tinubu, Ana Dias Lourenço participa no evento a decorrer sob o lema ‘Educação, uma ferramenta poderosa para a mudança: nenhuma menina deve ser deixada para trás’.

A campanha é uma iniciativa da Organização das Primeiras-Damas Africanas para o Desenvolvimento (OPDAD) e visa contribuir para a eliminação da elevada disparidade entre homens e mulheres, apostando na educação, na equidade e na oportunidade de aprendizagem para todos.

Com o projecto, a OPDAD espera expandir a criada ‘Escola Secundária Alternativa para Meninas’ em todos os Estados africanos. Uma iniciativa que começou em 2007 e que oferece uma segunda oportunidade às jovens que ficaram fora do sistema de ensino por razões adversas.

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