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Documentário sobre a história da Rainha Njinga estreia a 15 de Fevereiro na plataforma Netflix

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A famosa história da soberana do Reino do Ndongo, Rainha Njinga, retratada em documentário produzido pela actriz norte-americana Jada Pinkett, sob chancela da Netflix, estreia no próximo dia 15 de Fevereiro, anunciou a referida plataforma de streaming.

O documentário histórico, com cerca de 45 minutos, faz parte de um projecto de iniciativa da também realizadora Jada Pinkett, designado ‘African Queens’ (‘Rainhas Africanas’, em português), com duas temporadas, e traça o retrato da vida da Rainha Njinga e de Cleópatra, a conhecida rainha do Egipto.

Misturando dramatização com documentário, esta série traça a ascensão e reinado da soberana Rainha Njinga em meio a traições familiares e rivalidades políticas.

Njinga Mbandi foi a mais notável rainha angolana, que governou por largos anos os reinos do Ndongo e da Matamba durante o período em que estes territórios estavam a ser invadidos pelas tropas coloniais portuguesas.

Naquele contexto complexo e difícil, a rainha guerreira precisou de se valer de diferentes artimanhas para continuar no poder e manter a soberania da pátria.

Njinga foi uma monarca de protagonismo único no cenário centro-africano, ficando a sua figura marcada na memória dos mbundus e de todos os povos por onde o seu nome heróico se fez presente.

De relembrar que o anúncio do documentário causou repercussão e crítica por parte dos angolanos, principalmente do actor Sílvio Nascimento, que, na altura, manifestou publicamente o seu desapontamento, considerando o documentário “apropriação cultural para benefício próprio”.

O também produtor cinematográfico fez um-abaixo assinado para pressionar artistas, o então Ministério da Cultura e Turismo, a comunidade afro-descendente e todos os fazedores da sétima arte a posicionarem-se contra esta produção.

Menos de 24 horas depois, o abaixo-assinado já contava com mais de sete mil assinaturas, ficando a escassas três mil das dez mil assinaturas pretendidas.

O objectivo era o de chamar atenção aos tomadores de decisão. Mas, ao que tudo indica, este acto não impediu o processo de rodagem (gravação) da obra que será agora lançado mundialmente.

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