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Chivukuvuku confirma incidente no voo da TAAG, mas acusa oficial de protocolo de ter sido “politicamente orientado pelo MPLA” para impedir o seu regresso a Luanda

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O político Abel Chivukuvuku confirmou, nesta quarta-feira, 15, ter violado as regras aeronáuticas quando viajou de Cabinda para Luanda sem o talão de embarque, mas acusa o oficial de protocolo do governo provincial de ter sido “politicamente orientado” pelo partido no poder para “impedir o seu regresso” à capital do país.

“Ou há muita desorganização ou [o oficial de protocolo] foi politicamente orientado e queriam reter-me em Cabida e isso eu não admito”, exteriorizou Chivukuvuku, em declarações exclusivas à Lusa.

No último domingo,12, um oficial de protocolo do governo provincial de Cabinda, em entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA), disse que Abel Chivukuvuku, que participou no sábado passado num comício da UNITA, que decorreu naquela província mais a norte do país, violou “as medidas aeronáuticas” ao embarcar num voo da companhia área angolana, TAAG, sem o talão de embarque.

O funcionário público, que alegou ter sido ameaçado pelo político, afirmou à TPA que a delegação da UNITA  não tinha bilhetes confirmados, pelo que seria necessário que houvesse desistências, mas Abel Chivukuvuku forçou a entrada no avião e recusou-se a descer.

O facto foi confirmado à Lusa pelo próprio Chivukuvuku, que, justificando tal atitude, afirmou que a viagem estava previamente acertada com os serviços de protocolo do Estado, que teriam na sua posse o seu talão de embarque.

À Lusa, Chivukuvuku detalhou o episódio de Cabinda, contando que, domingo, a delegação da UNITA seguiu para o aeroporto, e que a equipa de protocolo o tinha assegurado que lhe daria o talão antes do embarque.

“Fomos instalados na sala do protocolo e disseram-me que o bilhete estava com os serviços do protocolo e que só iriam dar-me o talão de embarque quando entrasse no o mini-autocarro”, precisou.

Quando chegou ao autocarro, conta Chivukuvuku, deu primazia ao líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, esperando seguir na segunda viagem. No entanto, para a sua surpresa, explicou, “quando o autocarro voltou, disseram que o avião estava cheio e não poderíamos embarcar”.

“Exigi ir até ao avião e quando cheguei lá perguntaram-me pelo talão de embarque. Eu disse que estava com os serviços do protocolo e decidi subir. Sentei-me, e quando a hospedeira veio falar comigo, disse-lhe para solicitar o talão aos serviços de protocolo”, relatou, confirmando que não atendeu aos pedidos para descer do avião.

Um supervisor da TAAG disse à imprensa pública que o bilhete existia, mas que tinha data de 17 de Junho, descrevendo a situação como “embaraçosa”.

O político afirmou ainda que foi o último passageiro a embarcar e que, ao chegar à aeronave, notou que havia cinco lugares disponíveis, questionando os motivos para que fossem impedidas de embarcar outras três pessoas da sua delegação, como o seu director de gabinete e os dois escoltas.

“Podem fazer isso com outros passageiros, com o Chivukuvuku nunca vão fazer”, retorquiu determinado, acrescentando que os motivos do incidente, reflecte muita desorganização na companhia de bandeira nacional. “Ou há muita desorganização ou a tentativa de impedimento foi propositada”, atirou.

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