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China mantém a liderança do destino das exportações do petróleo bruto angolano

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O Relatório da Balança de Pagamentos e Posição de Investimento Nacional do banco central angolano, referente ao primeiro trimestre de 2022, aponta a China como sendo o país que obteve a maior quota do destino da exportação do petróleo bruto angolano, de cerca de 63,4%, seguida da Índia e da França, com 9,4% e 5,5%, respectivamente.

O relatório indica que o país continua a importar, maioritariamente, bens de consumo corrente, com um peso de 66,3% na estrutura das importações, enquanto o peso dos bens de capital e de consumo intermédio foi de 21,7% e 12,0%, respectivamente.

Os principais parceiros comerciais de Angola no primeiro trimestre de 2022, no que diz respeito à procedência das importações foram a China (13,5%), Bélgica (12,6%), Portugal (12,1%), Países Baixos (6,4%) e Brasil (5,1%), perfazendo 49,8% do valor total das importações.

Já as exportações de produtos como o café, o pescado, a madeira, o cimento, as bebidas e outros, que representaram apenas 0,4% do valor total, contraíram em 0,3%, ao situarem-se em 51,7 milhões de dólares norte-americanos, contra os 51,9 milhões de dólares norte-americanos do último trimestre de 2021.

O crescimento das importações foi observado em grande parte das categorias de produtos, com realce para os produtos químicos (207,7 milhões de dólares norte-americanos), os combustíveis (114,9 milhões de dólares norte-americanos), as máquinas, aparelhos mecânicos e eléctricos (88,2 milhões de dólares norte-americanos) e os materiais de construção (72,0 milhões de dólares norte-americanos).

Quanto aos principais países de destino dos diamantes exportados, os Emirados Árabes Unidos mantêm-se na liderança, com cerca de 73,2% do valor total, seguido da Bélgica com 13,6% e de Hong Kong com 4,3%.

O valor das importações de bens no primeiro trimestre cifrou-se em 3.651,6 milhões de dólares norte americanos, contra 3 145,3 milhões do trimestre antecedente, representando um incremento de 16,1%.

De lembrar que, de acordo com os cálculos económicos do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) global deverá desacelerar de uma estimativa de 6,1% em 2021, para 3,6% em 2022 e 2023, fortemente influenciado pelo conflito no Leste da Europa, pelas tensões geopolíticas, pelos desafios crescentes na cadeia logística de distribuição e pelas interrupções no comércio internacional.

Estes factores e os desequilíbrios entre a procura e a oferta de bens têm agravado as pressões inflacionárias, prevendo-se uma inflação de 5,7% nas economias avançadas e 8,7% nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o que tem exigido a adopção de uma política monetária restritiva.

Ainda de acordo com o FMI, o PIB da região Subsaariana deverá crescer 3,8% em 2022, devido à contribuição, sobretudo, dos países produtores de petróleo. No caso de Angola, o PIB registou um crescimento de 2,6% no primeiro trimestre de 2022, de acordo com as Contas Nacionais publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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