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CASA-CE sobre a morte de militante da UNITA: “Nada justifica o uso desproporcional da força”

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O Colégio Presidencial da CASA-CE, a terceira força política do país, condenou “com veemência”, em comunicado tornado público este domingo, 12, o disparo de uma granada de gás lacrimogéneo, protagonizado por um agente da Polícia Nacional, em Benguela, que provocou a morte de um militante da UNITA, de 41 anos, que participava da manifestação pacífica, em alusão à reeleição de Adalberto Costa Júnior.

“Foi com incontida indignação e profunda consternação que o Colégio Presidencial da CASA-CE tomou conhecimento da morte de um cidadão angolano, de 41 anos de idade, vítima de ferimentos provocados pela deflagração de uma granada de gás lacrimogéneo, disparada por um agente da Polícia Nacional, durante uma marcha pacífica, organizada no passado sábado, 11, pela direcção do Partido UNITA em Benguela”, começou por dizer na nota de repúdio a coligação partidária.

A CASA-CE entende que nada justifica o uso desproporcional da força por parte dos agentes da Polícia Nacional, durante a realização de uma marcha ou manifestação pacífica. A coligação defende que a presença das forças de defesa e segurança, nestas circunstâncias, “deve servir tão-somente para garantir a segurança do acto e proteger os participantes de eventuais riscos, e nunca pôr fim à vida de qualquer cidadão, mediante uso de meios de repressão policial”.

O Colégio Presidencial da CASA-CE lembrou que, por iniciativa do seu grupo parlamentar, “os deputados à Assembleia Nacional apelaram aos poderes públicos, em nome do povo, no sentido de se trabalhar afincadamente em prol da viabilização do exercício de cidadania em Angola, enquanto Estado democrático e de direito, bem como desencorajar e condenar toda e qualquer medida repressiva contra os cidadãos ou grupos de cidadãos que se manifestem pacificamente em território angolano”.

   

“Face à gravidade do ocorrido, aliada à necessidade imperativa de se devolver o sentimento de segurança e de justiça aos cidadãos, fazendo cumprir a Constituição da República de Angola (CRA) e a Lei a favor da consolidação de um verdadeiro Estado democrático e de direito, o Colégio Presidencial da CASA-CE insta às autoridades afins, a procederem à realização de um competente trabalho de investigação, visando a responsabilização civil e criminal do(s) agente(s) implicado(s)”, apelou aquela coligação política.

Eugénio Pessela foi atingido no peito com uma granada de gás lacrimogéneo, foi socorrido, mas acabou por morrer este domingo. Além do malogrado, ficaram feridas mais duas pessoas, cujas idades, nomes e estado actual de saúde não foi possível apurar.

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