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Caixa Angola recuperou em média 30% do capital investido em 2022. Resultados líquidos do banco rondam os 36,9 milhões USD

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Com um retorno sobre o capital investido em média de 30% em quatro anos, o banco com o capital maioritário português Caixa Geral Angola (BCGA) teve um resultado líquido em torno dos 36,9 milhões de dólares norte-americanos (22,6 mil milhões de kwanzas).

Os dados sobre a “conjuntura” financeira do banco foram apresentados nesta terça-feira, 6, ao primeiro-ministro de Portugal, António Costa, que se deslocou à sede desta instituição financeira, no quadro da visita de dois dias que efectuou ao território angolano, a convite do Presidente da República, João Lourenço.

De acordo com a informação partilhada pelo administrador executivo do BCGA, Francisco Santos, o banco conta com um activo líquido de cerca de 1,5 mil milhões de dólares norte-americanas.

Por outro lado, o gestor adiantou que a carteira de empréstimos do banco no país está na ordem dos 247,66 mil milhões kz, o equivalente a 404,35 milhões de dólares norte-americanos.

Segundo Francisco Santos, o BCGA tem conseguido aumentar a sua cota no mercado de forma mais rigorosa no crédito em torno dos 3,7%, o que representa um crescimento de quase 1,7% nos últimos três anos. Em depósitos, o banco registou mais de 1% no mesmo período de três anos.

Com um dos maiores rácios de solvabilidade do sistema financeiro angolano, cerca de 30% três vezes que o capital regulamentar mínimo exigido pelo banco central angolano, a instituição financeira trabalha para conquistar cada vez mais o mercado.

Ainda segundo Francisco Santos, o BCGA é o oitavo banco em termos de dimensão de activos, num sistema financeiro que conta com 25 instituições financeiras bancárias.

A instituição financeira de média dimensão tem na sua estrutura accionista uma posição de 51% do capital em mãos da Caixa Geral de Depósitos (CGD), detido a 100% pelo Estado português.

O Caixa Angola conta ainda na estrutura accionista, desde 2019, com dois empresários angolanos, António Mosquito e Jaime Freitas, que, após Oferta Pública Inicial (IPO) ficaram com 19,5% cada do capital do banco.

Os restantes 10% ficaram dispersos em bolsa por cerca de 700 novos accionistas, entre colaboradores, órgãos sociais, investidores particulares, grupos empresariais, seguradoras e outros investidores institucionais angolanos.

No mercado há 30 anos, com presença em nove províncias, o Caixa Angola é um dos primeiros bancos privados no país, hoje com 27 agências, 68 mil clientes particulares, dos quais oito mil empresas.

Com 514 colaboradores e mais 74 caixas automáticas activas, o banco tem também 4 100 Terminaıs de Pagamento Automáticos (TPA) em mãos de empresários e empreendedores.

Entre os vários desafios, os accionistas procuram tornar o banco mais estruturante no sistema financeiro angolano e desenvolver canais digitais.

Não obstante os resultados apresentados, o Caixa Angola reconhece como principais “ameaças” a volatilidade cambial, os elevados custos de serviços no país, a entrada de novos players internacionais, entre outros desafios.

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