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Cabo Verde passa a exigir 3.ª dose de vacinas para viagens inter-ilhas

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Cabo Verde registou um “aumento progressivo” de casos activos de Covid-19 nas últimas duas semanas e a partir de 1 de Julho vai passar a exigir certificado de terceira dose de vacina para viagens inter-ilhas, foi esta sexta-feira, 10, anunciado.

A medida foi avançada pela ministra Filomena Gonçalves, para dar conta das medidas tomadas em Conselho de Ministros na quinta-feira, 9, indicando que a análise efectuada pela Direção Nacional de Saúde (DNS) mostra um “aumento progressivo” de casos activos de Covid-19 no país nas últimas duas semanas.

Por essa razão, disse que os principais indicadores a nível nacional registaram um aumento, nomeadamente o índice de transmissibilidade (Rt), na ordem de 1,52, acima de 1 como recomendado, e a taxa de incidência acumulada de 19 para 68 por 100 mil habitantes, acima do limiar de 25 por 100 mil habitantes.

Até agora, 319.298 adultos estão vacinados com a primeira dose (98%), 276.825 com a segunda dose (85%), mas “apenas” 79.005 com terceira dose (24,2%), sublinhou a ministra, indicando que 46.132 adolescentes dos 12 aos 17 anos já tomaram a primeira dose (85,8%) e 38.319 a segunda dose (71%).

“Entende o governo que a evolução que o quadro epidemiológico tem registado a nível nacional requer adopção de medidas que promovam o reforço do nível de segurança e proteção sanitária”, explicou a porta-voz do governo.

Assim, a partir de 1 de Julho passa a ser exigido o certificado Covid-19 de vacinação com a terceira dose ou o certificado de teste negativo PCR realizado nas 72 horas anteriores, teste anti-génio nas 48 horas anteriores à hora do embarque para viagens inter-ilhas ou certificado de recuperação.

Para efeitos de viagens internacionais para entrar em Cabo Verde, por meios aéreos e marítimos, a ministra avançou que se mantêm a obrigatoriedade de apresentação pelos passageiros e tripulantes de certificado da terceira dose ou certificado de recuperação ou teste negativo PCR realizado nas 72 horas anteriores ou anti-génio negativo realizado nas 48 horas antes da hora de embarque.

Em todas as duas situações, exceptuam-se as crianças com idades inferiores aos 12 anos, disse a ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares.

Para as viagens com partida de Cabo Verde, a porta-voz do conselho de ministros referiu que a aceitação dos certificados Covid-19 depende dos acordos estabelecidos com os países de destino.

Já os passageiros em trânsito, escala ou transferência, desde que não transponham a fronteira nacional, estão dispensados de apresentação de certificado Covid-19 ou de comprovativos de realização de testes.

Cabo Verde voltou em 06 de março à situação de alerta, o menos grave de três níveis, mantendo atualmente um nível “mínimo” de restrições devido à pandemia de Covid-19, deixando de ser obrigatório a utilização de máscara na via pública e já no final de abril também em espaços fechados.

Nos últimos dias, o arquipélago registou um aumento de casos diários, com os ativos a triplicarem numa semana, mas com apenas uma pessoa internada, e uma morte por complicações associadas à doença em 15 semanas, segundo dados do Ministério da Saúde.

Até quinta-feira, Cabo Verde tinha um total de 56.828 casos acumulados da doença, dos quais 55.057 recuperados, 402 óbitos e tinha 317 casos ativos, dos quais 210 na cidade da Praia, capital do país.

*Texto Lusa

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