BODIVA lança novo segmento de financiamento às pequenas e médias empresas
A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) lançou, na quinta-feira, 20, um novo segmento de mercado, denominado “Segmento PMEs”, para financiar as pequenas e médias empresas através da emissão de dívida ou de acções.
“O mercado PME’s que hoje vamos inaugurar surge para contribuir na redução daquilo que na nossa óptica tem sido o grande déficet de financiamento que as PMEs (pequenas e médias empresas) ainda hoje enfrentam, infelizmente”, disse o administrador executivo da BODIVA, Odair Costa, em declarações à imprensa.
Através deste mercado, adianta o administrador, as empresas poderão capitalizar-se, quer por via da emissão de dívida, quer por via da emissão de instrumento de capital, vulgo acções.
O responsável assegurou que, com o novo segmento, a BODIVA irá disponibilizar aos investidores outra classe de acções de empresas em fase de crescimento e com elevado potencial de valorização.
Ao detalhar a concepção do referido segmento, Odair Costa explicou que, para lançar este mercado, “foi necessário fazer um trabalho de flexibilização dos requisitos de admissão à negociação, de modo a que eles pudessem estar adaptados à realidade das PMEs angolanas”.
“A BODIVA servirá como uma plataforma para financiar a expansão das PMEs, afirmou Odair Costa, durante a cerimónia de apresentação do ‘Segmento PMEs’.
Quanto às empresas que podem fazer parte do ‘Segmento PME’s’, Odair fez saber que podem estar inseridas todas as pequenas e médias empresas, mediante classificação do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), desde que apresentem contas auditadas por um perito contabilista por pelo menos um exercício (um ano), plano de negócios dos últimos três anos e que divulgue informação financeira anualmente.
Questionado pela Lusa sobre o limite de financiamento via bolsa às PMEs, Odair Costa disse não existirem limites: “Dependerá de empresa a empresa e do apetite do mercado. Não há limite nem mínimo e nem máximo”.
Em relação ao limite de empresas que possam aderir a este segmento, o responsável adiantou que a BODIVA “não impõe nem limite mínimo e nem o máximo”, mas almeja, a médio e longo prazos, entre cinco e dez empresas.
