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BNA vai deixar de publicar dados sobre as reservas internacionais do país

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O Banco Nacional de Angola (BNA) vai deixar de publicar os dados sobre as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) em todas as plataformas, relatórios e outras publicações sob a sua responsabilidade. A decisão espelha a mais nova aplicação de métodos de revisão das estatísticas das reservas internacionais.

De acordo com uma nota publicada no site do banco central, doravante, a posição das reservas internacionais será constituída apenas por activos externos do BNA, excluindo, para o efeito, os recursos do Tesouro Nacional e dos bancos comerciais em moeda estrangeira junto do BNA e no apuramento das reservas internacionais.

Neste sentido, fica também “descontinuada a publicação das Reservas Internacionais Líquidas em todas as plataformas, relatórios e outras publicações sob responsabilidade do mesmo”. A decisão funda-se na necessidade de se observar as boas práticas internacionais sobre as estatísticas das reservas internacionais.

Na referida nota metodológica, que espelha a revisão das estatísticas das reservas internacionais, o banco central exorta a sua importância, sustentando ser uma variável muito valorosa para a estabilização macroeconómica, e, em particular, a estabilização do mercado monetário e cambial.

“É crucial que, para efeito de apuramento desta variável económica, seja adoptada a metodologia mais convencional, de modo que se divulgue a público, uma posição das reservas internacionais mais próxima possível do seu valor, efectivamente, disponível”, lê-se na nota.

Nos termos dos manuais metodológicos do Fundo Monetário Internacional (FMI), reservas internacionais ou simplesmente activos de reserva, são activos externos de disponibilidade imediata sob o controlo das autoridades monetárias, e que servem para atender as necessidades de financiamento da balança de pagamentos, suportar as intervenções no mercado cambial de forma a influenciar a taxa de câmbio, garantir a confiança na moeda e na economia e servir de base para a obtenção de empréstimos externos.

Os ajustes metodológicos presentes na referida nota terão efeitos a partir do ano corrente.

*Texto Martinho Chivica

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