BNA garante solidez no sector bancário mas volta a alertar para a existência de exposição ao risco soberano e para a queda da rentabilidade
O Comité de Estabilidade Financeira (CEF) do Banco Nacional de Angola (BNA) considera que o sector bancário se manteve sólido no segundo trimestre deste ano, apesar da exposição ao risco soberano, do aumento do risco de crédito e da diminuição da rentabilidade.
Em comunicado, divulgado após a reunião da última semana, que avaliou os principais factores de risco sistemático da banca angolana, o BNA decidiu manter a reserva de conservação em 2,50%, aplicável a todas as instituições financeiras bancárias.
O CEF manteve também a Reserva Contracíclica (reserva adicional constituída por fundos próprios principais devido a um crescimento excessivo de crédito) em 0% e a Reserva para Instituições Bancárias de Importância Sistemática Doméstica (D-SIBs, na sigla inglesa) entre 1% e 2%.
Segundo o documento, o sector bancário demonstrou durante este período solidez suficiente para fazer face aos riscos da actividade financeira, evidenciados, essencialmente, pelos índices de capital e de liquidez, uma vez que estes se encontram acima do mínimo regulamentar.
O organismo do BNA refere, no entanto, que nos meses de Abril, Maio e Junho passados persistiram riscos de vulnerabilidade, como o baixo nível de intermediação financeira, uma ligeira deterioração dos indicadores da qualidade do activo (com o aumento do risco de crédito), a diminuição da rentabilidade e exposição ao risco soberano (ou seja, a probabilidade do Estado não honrar os seus compromissos ou incumprir as suas obrigações contratuais).
A próxima reunião do CEF vai realizar-se em Luanda, no dia 29 de Novembro de 2024.