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Bielorrússia. Lukashenko ter-se-á ‘esquivado’ com sucesso à pressão de Putin, diz ISW

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Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), o presidente bielorrusso não cedeu à pressão que o seu homólogo russo terá feito para o incluir na ofensiva lançada a 24 de Fevereiro.

“O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, conseguiu, provavelmente, esquivar a pressão do Presidente russo, Vladimir Putin, para coagir a Bielorrússia a mais concessões de integração russo-bielorrussa durante uma reunião em Minsk a 19 de Dezembro”.

Esta é a principal conclusão do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) sobre a reunião entre Lukashenko e Putin que se deu na segunda-feira.

“[O] ISW avaliou anteriormente que Lukashenko usa a retórica de defender as fronteiras da Bielorrússia contra o Ocidente e a NATO num esforço para evitar a participação na invasão russa da Ucrânia”, continua o instituto, que considera “improvável” a participação mais activa da Bielorrússia na invasão da Ucrânia.

“O Kremlin também tentou esconder as prováveis intenções originais de Putin de pressionar Lukashenko a fazer novas concessões em relação à integração com a Federação Russa”, revela ainda o ISW, depois de Putin ter garantido que a Rússia “não tem interesse em absorver ninguém”.

O Presidente russo, Vladimir Putin, esteve na segunda-feira em Minsk, na Bielorrússia, onde reuniu com o seu homólogo Alexander Lukashenko, aliado do Kremlin na guerra com a Ucrânia.

A cimeira surge numa altura em que a Ucrânia teme a possibilidade de uma nova ofensiva russa sobre Kyiv, nos primeiros meses de 2023, possivelmente lançada a partir de território bielorrusso, tal como aconteceu no passado, principalmente no início da invasão.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro, espoletando um conflito armado que, segundo dados das Nações Unidas, já levou à deslocação de mais de 14 milhões de pessoas, 6,5 milhões das quais deslocados internos e mais de 7,8 milhões que fugiram para países europeus. Há a registar, segundo estes dados, pelo menos, 6.755 civis mortos e 10.607 feridos.

*Texto José Miguel Pires

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