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BFA acredita numa recuperação do kwanza a médio prazo, apesar da queda de 23,75% face ao dólar desde Janeiro

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Os especialistas do Gabinete de Estudos Económicos do Banco de Fomento Angola (BFA) alimentam um ‘magro optimismo’ em relação a uma possível recuperação, a médio prazo, da moeda nacional angolana, apesar da queda de quase 10% registada na semana passada face ao dólar e das perdas de 23,75% desde o início do ano,.

“A passada semana foi marcada pela contínua depreciação do kwanza face ao dólar e face ao euro”, escrevem, nesta terça-feira, 13, os analistas do BFA, no comentário semanal à evolução do mercado, apontando para as quedas de 9,87% face ao dólar e de 9,95% face ao euro.

O kwanza terminou a semana passada a valer 660,6 kwanzas por dólar e 711,4 kwanzas por euro, um “ritmo de queda do kwanza” que, para os especialistas, “parece não estar a diminuir”.

Apesar desta cadência decrescente, os especialistas do segundo maior banco angolano em activos financeiros acreditam numa pequena melhoria.

“Na nossa perspectiva, a moeda angolana deverá voltar a apreciar no médio prazo, corrigindo parte do movimento que tem ocorrido nas últimas semanas”, concluem os analistas.

A redução da produção e do preço do petróleo teve um impacto nas contas públicas, ainda fortemente dependentes da evolução do crude, apesar dos esforços de diversificação da economia.

“O declínio no preço está a afectar negativamente não apenas a taxa de câmbio, mas também os resultados orçamentais e comerciais de Angola”, disse, na semana passada, o departamento africano da consultora Oxford Economics, lembrando a queda de 27,1% no excedente comercial nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com os quatro meses anteriores, e a redução de 33% nas receitas do primeiro trimestre face aos três últimos meses de 2022.

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