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Banco Mundial prevê que economia angolana desacelere 0,9 pontos percentuais

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O Banco Mundial (BM) prevê que a economia angolana abrande 0,9 pontos percentuais, ao sair dos 3,5% para 2,6%, estabilizando à volta dos 3% até 2025, influenciada pela evolução dos mercados do petróleo.

“A taxa de crescimento de Angola deverá desacelerar de 3,5%, em 2022, para 2,6% este ano, e estabilizar nos 3,1% em 2025”, lê-se no relatório ‘Pulsar de África’, divulgado na quarta-feira, 5, em Washington, nas vésperas dos ‘Encontros da Primavera’, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com o Banco Mundial, em face dessa desaceleração, “o consumo das famílias angolanas deverá abrandar de 4,1%, em 2022, para 2,6%, este ano (-1,5 p.p.).

Embora a produção de petróleo e diamantes deva aumentar em 2023, os especialistas do maior banco de desenvolvimento do mundo avançam que “o preço mais baixo do petróleo deverá provavelmente fazer descer as receitas externas de forma substancial, já que não serão compensadas pelo aumento da produção”.

Apesar de ter melhorado no final do ano passado, “a produção de petróleo continua abaixo da quota” permitida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e parceiros, assinalam os analistas.

Nesta ordem de ideias, os especialistas do BM entendem que os preços do petróleo mais baixos podem prejudicar o desempenho da economia angolana, ainda muito dependente do crescimento do sector petrolífero.

No relatório, o Banco Mundial escreve que Angola poderá ser um dos principais beneficiados da reabertura da economia chinesa, o maior cliente do petróleo angolano.

“Angola pode potencialmente ser um dos maiores beneficiários da reabertura chinesa e do pequeno impacto ascendente no preço do petróleo que está associado; os efeitos positivos do aumento da procura da China e as boas notícias económicas podem ter contribuído para uma queda nos juros da dívida registada em Janeiro”, salienta o Banco Mundial.

Por outro lado, numa análise extensa, a instituição prevê também que a economia da África Subsaariana abrande para 3,1% este ano, depois de ter crescido 3,6% em 2022, defendendo mais atenção na estabilidade macroeconómica, mobilização das receitas e redução da dívida.

“O crescimento na África Subsaariana continua fraco, arrastado pela incerteza na economia global, pelo desempenho abaixo da média nas maiores economias do continente, pela inflação elevada e por uma forte desaceleração no crescimento do investimento”, lê-se no relatório ‘Pulsar de África’.

Diante desse quadro, os especialistas do BM recomendam que, “face a estas perspectivas de crescimento e ao aumento dos níveis da dívida, os governos africanos deviam fortalecer o seu empenho na estabilidade macroeconómica, na mobilização das receitas fiscais internas, na redução da dívida e nos investimentos produtivos que reduzam a pobreza extrema e impulsionem a prosperidade partilhada a médio e longo prazos.

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