Banco Europeu de Investimento patrocina ‘Projecto de Resiliência em Saúde’ do governo angolano com 55,4 milhões de euros
O Banco Europeu de Investimento (BEI) vai financiar com 54,5 milhões de euros o plano levado a cabo pelo governo angolano designado ‘Projecto de Resiliência em Saúde (PRS)’, que tem como foco os cuidados primários de saúde no país.
Segundo a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que falava na abertura do encontro do Comité de Direcção do Projecto de Resiliência em Saúde, nesta terça-feira, 12, em Luanda, que o referido plano — inicialmente desenhado para dar resposta à pandemia da Covid-19 — conta também com a parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
“O PRS foi planificado para um período de dois anos de implementação. Actualmente na sua fase inicial de coordenação e operacionalização, foi estruturado para fortalecer o sistema de saúde, dar resposta às necessidades actuais de saúde do país, bem como para melhorar a saúde e o bem-estar da população angolana”, esclareceu Sílvia Lutucuta.
De acordo com a ministra angolana, o Comité de Direcção do PRS, que deverá reunir-se trimestralmente, tem a tarefa de acompanhar o progresso de implementação das actividades do mesmo, “assegurando uma comunicação eficaz entre todas as partes envolvidas e elaborando recomendações pertinentes para o sucesso do projecto”.
Sílvia Lutucuta frisou ainda que o aumento significativo, os custos e gastos domésticos com a saúde, tanto pública como privada, e a consequente sobrecarga do sistema de saúde angolano, foram desafios provocados pela pandemia da Covid-19.
“Torna-se assim fundamental, agora mais do que nunca, agirmos para mantermos os ganhos alcançados, transformando as lições aprendidas em acções assertivas para o alcance dos objectivos do desenvolvimento sustentável”, salientou.
A ministra Sílvia Lutucuta disse que a expectativa é que o empréstimo soberano de 50 milhões de euros e a doação de 4,5 milhões de euros, ambos do BEI, contribuam para Angola fortalecer o sistema de saúde, através da aquisição de vacinas, medicamentos e outros meios, para garantir o acesso aos cuidados de saúde de todos os cidadãos, particularmente a nível dos cuidados primários de saúde.
A titular da pasta da Saúde agradeceu, por outro lado, o PNUD pelo apoio técnico que forneceu em todas as etapas do processo de negociação, bem como o importante papel da Organização Mundial da Saúde (OMS), com a subvenção de 2,5 milhões de euros para assistência técnica, que deverá complementar os esforços do projecto junto do Ministério da Saúde e do PNUD.
“Em tempos de desafios globais como os que enfrentamos actualmente, a resiliência em saúde torna-se uma prioridade. Este projecto representa um compromisso significativo para fortalecer a capacidade de resposta dos nossos sistemas de saúde às necessidades actuais e recuperar as coberturas e as intervenções de saúde, particularmente no caso materna e infantil, da nutrição e da luta contra as grandes endemias”, realçou.