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Diplomata senegalês questiona França por aceitar golpe de Estado no Tchade e condenar junta militar no Mali

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O diplomata senegalês Ibrahim Badji colocou em causa, nesta segunda-feira, 21, a política francesa em África. “Esta política de dois pesos, duas medidas, deve cessar”, disse Badji, perito e diplomata senegambiano, durante uma entrevista exclusiva à agência Panapress em Banjul, a capital gambiana.

“Comparem as situações recentes no Tchade e no Mali. Vocês verão como isso se assemelha a uma política de dois pesos, duas medidas”, disse o diplomata pouco depois do seu regresso de Marrocos, onde participou numa conferência internacional organizada pela Associação de Jovens Diplomatas Marroquinos.

Para defender a sua tese, Badji, consultor da geopolítica africana, perguntou-se se a comunidade internacional, incluindo França, tinha uma política coerente relativamente aos assuntos africanos. “França aceitou um golpe de Estado militar e a junta no Tchade e condenou uma outra junta no Mali. Porquê?”, interrogou-se.

“Um golpe de Estado militar é um golpe de Estado militar. Não existe, em parte alguma, um bom golpe de Estado militar”, indignou-se Badji, fundador de African Global Business. 

Frisou que os Europeus devem cessar de demitir os chefes de Estado africanos que se recusam a servir os interesses da Europa, em detrimento dos interesses dos seus próprios povos em África.

COM PANAPRESS

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