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Autoridades frustram tentativa de furto de um navio petroleiro da Sonangol Shipping no Porto de Luanda

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O Departamento de Investigação Criminal do Porto de Luanda do Serviço de Investigação Criminal (SIC) frustrou, na semana finda, uma tentativa de furto de um navio petroleiro afecto à Sonangol Shipping. A tentativa do acto criminoso foi orquestrado com recurso a documentos falsos de compra da embarcação.

Dez cidadãos — sete de nacionalidade nigeriana, dois de Angola e um oriundo da Serra-Leoa —, com idades compreendidas entre os 29 e os 38 anos, fazem parte da ‘odisseia criminosa’, que envolveu um capitão de navio, marinheiros e dois agentes de navegação.

Os dez envolvidos, que vão ser apresentados à imprensa nesta segunda-feira, 27, nas instalações do SIC Porto de Luanda, às 9h30, são acusados dos crimes de associação criminosa, furto e uso de documentos falsos, uma acção consubstanciada na tentativa de subtracção fraudulenta do petroleiro ‘Ngol Dande’, pertença da Sonangol Shipping.

Em 2014, o petroleiro Kerala, de bandeira liberiana, e ao serviço da Sonangol, desapareceu a 18 de Janeiro e foi localizado a 26 do mês na Nigéria. Na ocasião, alimentou-se a teoria segundo a qual o mesmo teria sido sequestrado, mas a Marinha de Guerra Angolana acabou por considerar tratar-se de um embuste.

Informações avançadas pela Marinha de Guerra davam conta de que a tripulação do navio havia desligado o sistema de comunicações “de propósito”.

Um rebocador teria se aproximado do MT Kerala, estacionado ao largo da costa de Luanda, tendo entrado em contacto com o mesmo e, de seguida, ambos rumaram para a Nigéria.

O Kerala, cujo contrato de prestação de serviço à Sonangol terminava a 12 Fevereiro daquele ano, levava a bordo 60 mil toneladas de gasóleo, e era conduzido por uma tripulação composta por 27 indianos e filipinos.

A Dynacom Tankers Management, proprietária do petroleiro, apesar das evidências de furto, manteve a narrativa de que “piratas sequestraram o navio na costa de Angola e roubaram uma grande quantidade de carga”, tendo depois abandonado o navio.

Empresário chinês cospe no rosto de um agente da autoridade 

No acto desta segunda-feira, nas instalações do SIC Porto de Luanda, será também apresentado à imprensa um empresário chinês que actua como gerente da firma ‘LEE’. O implicado acabou detido após quebrar o selo fiscal do contentor de carga sem a presença das autoridades aduaneiras.

Ao ser abordado, o empresário chinês — insurgindo-se contra o agente da autoridade — chegou a cuspir no rosto do mesmo.

A acção, que culminou com a detenção de todos envolvidos, foi conduzida pelo SIC, através do seu Departamento de Investigação Criminal do Porto de Luanda, em coordenação operativa com a Polícia Nacional de Angola (PNA) e demais órgãos do sistema de segurança do porto da capital.

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