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Árbitros angolanos fora do Campeonato do Mundo de Basquetebol 2023

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Os campeonatos do mundo de basquetebol sénior masculino (Japão, Filipinas e Indonésia), e dos Sub-19 (Hungria), não vão contar com a presença da arbitragem angolana, de acordo com a lista oficial de nomeações da Federação Internacional de Basquetebol Associado (FIBA).

Para o Mundial de Basquetebol — que se vai disputar de 25 de Agosto a 10 de Setembro do ano corrente —, os árbitros angolanos, que até então vinham sendo chamados para os mais distintos eventos a nível da FIBA África, ficaram de fora do grupo de juízes seleccionados.

Era expectável que pelo facto dos hendecampeões africanos terem carimbado a presença para o certame que vai juntar 32 selecções no continente asiático, os árbitros angolanos juntarem-se ao leque restrito de juízes com a insígnia da FIBA Mundo.

Para o Mundial Sub-19 da modalidade, a ter lugar na cidade de Debrecen (Hungria), de 24 de Junho a 2 de Julho, constam da lista apenas dois africanos: trata-se do sul-africano Arnold Moseya e do egípcio Wael Mostafa, saltando também à vista a ausência de árbitros angolanos.

O Mundial de Basquetebol sénior masculino será realizado vai ser disputado, pela primeira vez em mais de 60 anos de história, em mais de um país-sede, com jogos no Japão, na Indonésia e nas Filipinas, onde vão ser jogadas as finais.

Em declarações ao Jornal de Angola, o vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Angolana de Basquetebol, Horácio Henriques de Macedo, mostrou-se surpreso e avançou as prováveis razões relacionadas com a ausência de Angola no grupo da elite dos ‘homens do apito’.

“Não estou bem por dentro daquilo que foram os critérios. Muito provavelmente levaram em conta o desempenho que tiveram ao longo da época nas diferentes provas africanas. Se calhar não atingiram a pontuação máxima, de acordo com as exigências da FIBA”, começou por analisar Horácio Macedo.

Actualmente, Angola tem seis árbitros internacionais no activo. São eles: António Bernardo e Cláudio Anderson (elite), além de Francisco Tando, David Manuel, Paulo Luvati, António Samuel e Bunga Pedro.

A última vez que o país esteve representado numa prova mediática a nível da FIBA Mundo foi há sete anos, por altura da realização dos Jogos Olímpicos Rio’2016, no Brasil, onde Angola se fez representar com o ex-árbitro Carlos Júlio.

Horácio Macedo disse ainda que estava expectante quanto à nomeação de António Bernardo, sobretudo por se encontrar “praticamente” no final da carreira como juiz internacional, tendo em conta que o limite são os 50 anos.

Esta ausência, ainda de acordo com Horácio Macedo, deve servir de reflexão no sentido de se melhorar o trabalho que tem sido realizado internamente, tendo em vista os próximos compromissos internacionais, sobretudo a nível de África.

“É importante salientar que a nossa arbitragem tem qualidade, apesar das críticas algumas vezes feitas pela comunicação social. Quer a Associação, quer o Conselho têm feito trabalhos voltados para aquilo que são as recomendações da FIBA. Não vamos baixar os braços”, assegurou o antigo árbitro.

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