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Angola vai receber mais 200 milhões USD do Banco Mundial para apoiar o desenvolvimento

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O vice-presidente da International Finance Corporation (IFC, na sigla inglesa) para o Médio Oriente e África, Sérgio Pimenta, anunciou, nesta terça-feira, 20, um aumento do financiamento para Angola de 200 milhões de dólares norte-americanos para alavancar o sector privado.

O responsável do braço financeiro do Banco Mundial falava à imprensa em Luanda, à margem da mesa-redonda sobre as ‘Parcerias Público-Privadas (PPP) no Caminho do Desenvolvimento Sócio-económico Sustentável’.

“Nós temos a ambição este ano — o nosso ano fiscal começou agora em Julho e termina em Junho — de fazer muito mais. Eu creio que [podemos] fazer, pelo mínimo, 200 milhões de dólares. Mas, acho que poderíamos fazer muito mais, temos capacidade de fazer mais, as oportunidades estão cá e acho que podemos trazer valor a este país, para ajudar a desenvolver-se, alavancando a eficácia que o sector privado pode trazer”, afirmou Sérgio Pimenta.

O IFC financia o sector privado, fazendo empréstimos, garantias, investimentos em capital, sendo as operações maioritariamente a longo prazo.

Segundo Sérgio Pimenta, desde a abertura, em 2019, do escritório da IFC, foram mobilizados mais de 500 milhões USD para Angola, tanto em termos de investimentos a longo, como a curto prazo, para apoiar as operações de comércio internacional, que são importantes para o país.

O responsável frisou que este compromisso da IFC e do Banco Mundial com Angola se reflecte na colaboração com o governo angolano para apoiar o desenvolvimento de uma sólida carteira de projectos de Parcerias Público-Privadas em sectores prioritários.

“Em Angola, vemos boas oportunidades de apoio aos sectores da saúde, da energia, dos transportes e das comunicações. Estes sectores são críticos para o crescimento económico sustentável e inclusivo do país, com potencial para criar emprego e aumentar a produtividade de outros sectores, assegurando simultaneamente a prestação de serviços públicos críticos para o desenvolvimento social”, referiu.

Com uma previsão de crescimento económico de cerca de 4,3%, em 2025, após a recuperação económica em 2023, Sérgio Pimenta considerou que uma menor dependência da indústria petrolífera “ajudaria a impulsionar o crescimento económico, criar bons empregos e melhorar as condições de vida”.

“No campo da diversificação económica existem boas perspectivas. O governo pode e está a focar-se mais na agricultura, pescas, indústria e produção de energia renovável em todo o país, bem como em serviços digitais para construir uma economia mais resiliente e diversificada”, sublinhou.

Sérgio Pimenta disse ainda que os serviços de assistência técnica para transacções da IFC em Angola têm apoiado os planos do governo angolano a alienar a sua participação na Unitel, incluindo uma possível cotação na bolsa de valores.

À imprensa, o responsável declarou que se trata de um dossier importante que pode trazer mais concorrência, mais qualidade dos serviços, destacando que o sector das telecomunicações pode contribuir para o desenvolvimento do país.

Actualmente, o portfólio de investimentos comprometidos da IFC em Angola é de 68,5 milhões de dólares, o equivalente a 60,93 biliões de kwanzas, com foco em manufactura, agronegócio e aumento da disponibilidade de serviços financeiros no país, particularmente para empresas menores, ao passo que o de consultoria é de 5,4 milhões de dólares em quatro projectos.

*Com a Lusa

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