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Angola piora no ranking e mantém estatuto de “regime autoritário” no Índice de Democracia

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Angola é um dos 16 países da África Subsaariana que piorou a sua pontuação no Índice de Democracia em 2021, que o coloca na lista dos “regimes autoritários”. O relatório, produzido pelos especialistas da The Economist Intelligence Unit (EIU), foi tornado público nesta sexta-feira, 11.

No relatório, que revela um recuo na democracia global, acentuado sobretudo pelos efeitos da pandemia, Angola — que aparece classificada como um regime autoritário —, apresenta a pontuação mais baixa desde 2015, com 3,37 pontos, e encontra-se na 122.ª posição no ranking global e em 26.º no ranking regional da África Subsaariana, que integra 44 países.

Na região Austral do continente, o país está entre os 16 Estados que registaram um declínio da sua classificação (-0,29), integrando o conjunto dos cinco que mais pioraram, a par do Congo (-0,32), Benim (-0,39), Mali (0,45) e Guiné-Conacri (-0,80).

O Índice de Democracia, que começou a ser elaborado 2006, retrata a situação da democracia global no ano passado em 165 Estados independentes e dois territórios, com base em cinco categorias, nomeadamente processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis.

Cada país é classificado num tipo de regime correspondente — democracia plena, democracia imperfeita, regime híbrido ou regime autoritário — mediante a pontuação registada numa série de indicadores num período de um ano.

Ainda sobre a África Austral, pelo menos 14 países mantiveram as suas posições e 14 registaram melhorias pouco significativas, com excepção da Zâmbia, que obteve mais 0,86 pontos, elevando a sua pontuação para um total de 5,72.

A nota global da região desceu de uma já baixa pontuação de 4,16 em 2020, para 4,12 em 2021, prolongando a “recessão democrática”, segundo a EIU.

O relatório assinala que “os ganhos modestos” obtidos na primeira década após o início do Índice, em 2006, em que a Região Subsaariana passou de 4,24 para um máximo de 4,38 em 2015, rapidamente se esfumaram e a pontuação tem descido desde essa altura.

Segundo o relatório, os resultados de 2021 reflectem o impacto negativo da pandemia de covid-19 na democracia e na liberdade em todo o mundo, pelo segundo ano consecutivo.

*Com a Lusa

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