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Angola cai duas posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas

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Angola caiu duas posições e ocupa agora o 150.º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado nesta quarta-feira, 13.

De acordo com o relatório da ONU, que cobre 193 países e territórios, referente ao ano de 2022, o IDH angolano ficou em 0,591, mais 0,023 pontos, se comprado ao de 2021, quando esteve nos 0,586, ocupando o 148.º lugar da lista.

O IDH vai de 0 a 1 e é calculado todos os anos com base em três critérios: expectativa de vida, anos previstos e média de anos de escolaridade e renda nacional per capita.

Nesta mais recente classificação da organização, Angola é considerado um país de ‘Médio Desenvolvimento Humano’, juntamente com Cabo Verde — o país africano de língua portuguesa melhor colocado —, seguido da Guiné-Equatorial (133) e São Tomé e Príncipe (141).

Moçambique continua a ser o pior colocado, na posição 183.º, no grupo de ‘Desenvolvimento Baixo’, contudo, é o único lusófono em África que não desceu em relação à posição ocupada no estudo anterior.

A Guiné-Bissau, por sua vez, está na posição 179.º e também integra a categoria de países de ‘Desenvolvimento Baixo’.

De modo geral, em relação a África, a República das Seycheles é o único país a figurar na lista dos países com ‘Desenvolvimento Humano Muito Alto’, seguido dos países do Magreb, como a Líbia, Argélia e Tunísia.

A nível global, Portugal é o único lusófono no grupo dos países com ‘Desenvolvimento Humano Muito Alto’, ao ocupar a 43.ª posição, enquanto o Brasil está na categoria de países com ‘Desenvolvimento Humano Alto’ (83.º), ao passo que Timor-Leste segue no grupo dos países com ‘Desenvolvimento Humano Baixo’ (155.º).

Nos três primeiros lugares do IDH estão as recorrentes Suíça, Noruega e Islândia, ao passo que na cauda se encontram a Somália (193.º), Sudão do Sul (192.º) e República Centro-Africana (191.º).

ONU indica quadro mundial com mais desigualdade e crescimento de governos populistas

Na análise mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) conclui que “os países ricos registam níveis recorde de desenvolvimento humano, enquanto metade dos países mais pobres do mundo retrocedeu, permanecendo abaixo do nível de progresso anterior à crise da Covid-19”.

“Neste cenário, quase 40% do comércio mundial de bens está concentrado em três ou menos países”, salienta o estudo, divulgado nesta quarta-feira, 13.

O relatório refere que o avanço da acção colectiva internacional é dificultado por um emergente “paradoxo da democracia”.

Embora nove em cada dez pessoas em todo o mundo apoiem a democracia, mais da metade dos entrevistados expressaram apoio a líderes que poderiam prejudicar a ordem democrática, segundo relatório, que justifica a sua conclusão com o facto de os governos populistas terem taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mais baixas.

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