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ACJ espera que JLo anuncie hoje a realização das eleições autárquicas em todos os municípios do país já em 2023

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O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, espera que no discurso sobre o estado da nação, que o Presidente da República irá proferir este sábado, 15, no quadro da abertura do ano parlamentar, seja anunciado a realização das eleições autárquicas em todo o território nacional e em simultâneo, como uma forma de João Lourenço emitir sinais de que pretende cumprir as promessas eleitorais.

“Amanhã [hoje] queremos ouvir anunciar a realização das autarquias locais em 2023. Sim, porque só assim o governo estará a dar um claro indicador do cumprimento das promessas eleitorais, que nós fizemos e que o partido do regime entendeu vir atrás das nossas promessas e fê-las também suas. Portanto, em 2023, autarquias em todos os municípios do país em simultâneo”, desafiou o líder da UNITA, numa declaração de antevisão ao discurso sobre o estado da nação de João Lourenço.

Na declaração divulgada através das plataformas sociais, Adalberto Costa Júnior defendeu que “as autarquias são também uma garantia do combate à fome, à pobreza e ao desemprego”, por representar “um caminho único de contribuição para: melhor escola; melhor saúde, mais transparência, mais proximidade entre os governantes e os governados”.

O líder da UNITA, que espera de João Lourenço uma “radiografia fiel do país real” e o apontar de “soluções para a vida de cada um dos angolanos”, entende que João Lourenço “deve, de forma clara, anunciar programas prioritários para o combate à pobreza e à extrema pobreza, em que se encontram milhões de angolanos”.

Estes programas emergenciais iriam, segundo Adalberto Costa Júnior, significar o “resgate de comunidades excluídas da vida em dignidade” e “provocar a intervenção imediata junto das comunidades em que ainda hoje há angolanos que morrem à fome”.

“Nós sabemos onde estão estas comunidades e será bom que o governo esteja disponível para nos ouvir e tenha a abertura para contribuição da sociedade e de quem não pertença ao seu partido!”, salientou o líder da UNITA.

Para o presidente do maior partido na oposição, “é imperativo a adopção de programas direccionados a diminuir o desemprego dos jovens e não só”, e, para tal, os mesmos devem envolver o potencial do empresariado nacional.

Adalberto Costa Júnior disse esperar que o governo se envolva na busca de créditos bonificados e transferidos para os empresários, a quem chamou de “os verdadeiros parceiros para o desenvolvimento”, evitando “a especulação habitual e “o assalto a estes créditos por parte dos chacais da alta burocracia governamental”.

“As empresas e os trabalhadores precisam de ser protegidos e cada um cumprir a sua missão para o engrandecimento do país”, defendeu Adalberto Costa Júnior, chamando a atenção para uma condição indispensável para o alcance destes desafios:

“Não alcançaremos o desenvolvimento sem abraçarmos o regime democrático. Nunca seremos um país desenvolvido mantendo as instituições partidarizadas. O Estado partidário é um obstáculo às liberdades e ao desenvolvimento”.

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