Isto É Notícia

ACJ defende que recondução de Manico na CNE coloca em causa “eleições justas, transparentes e verdadeiramente representativas”

Partilhar conteúdo

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, rejeitou, nesta terça-feira, 22, compactuar com “qualquer tentativa de legalizar o que é ilegítimo” e classificou a recondução do juiz Manuel Pereira da Silva, à frente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), como uma decisão do Parlamento que mina “o pilar mais sagrado da democracia: “eleições justas, transparentes e verdadeiramente representativas”.

O líder do maior partido na oposição, que se recusa a ser parte de “farsas institucionais” e de “silêncios cúmplices”, defendeu que a “Comissão Nacional Eleitoral deve ser símbolo de confiança, de imparcialidade e de justiça”, um dia depois da bancada parlamentar do seu partido ter abandonado em protesto a sala do Plenário da Assembleia Nacional contra a recondução de Manuel Pereira da Silva para mais um mandato de cinco anos à frente da instituição.

Numa publicação na sua página da rede social Facebook, Adalberto Costa Júnior considerou que a tomada de posse do juiz Manico “não se trata apenas de uma violação”, mas de “uma traição à esperança do povo”, por “ignorar a vontade popular” e “minar, de forma premeditada, o pilar mais sagrado da democracia: eleições justas, transparentes e verdadeiramente representativas”.

“Como presidente da UNITA, sinto, no mais íntimo de mim, a dor de um povo que, mais uma vez, viu a sua voz desprezada. A Comissão Nacional Eleitoral deve ser símbolo de confiança, de imparcialidade e de justiça. Mas o que se passou é a negação de tudo isso”, lamentou, assegurando:

“A UNITA, fiel aos seus princípios e à confiança que o povo nela deposita, rejeita qualquer tentativa de legalizar o que é ilegítimo. Não compactuamos com farsas institucionais nem com silêncios cúmplices”.

Adalberto Costa Júnior apelou ainda à unidade dos angolanos, ao considerar que o país é “maior do que os seus obstáculos”, e por ser este o momento de unidade. “Quando a legalidade é desrespeitada, a força da cidadania deve erguer-se”, vincou.

“Aos jovens que sonham com um país mais justo, às mães que carregam o peso das dificuldades diárias, aos patriotas de todas as cores e convicções, digo-vos: não estamos sós. A história está do lado da verdade. E a verdade, mais cedo ou mais tarde, sempre triunfa”, afirmou, concluindo:

“A história não perdoará os que traem a pátria em nome do poder. Mas a história também exaltará os que, mesmo diante da injustiça, mantêm-se de pé em nome da verdade”.

ISTO É NOTÍCIA

Artigos Relacionados