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ACJ defende que Pitta Gróz não devia manter-se em “silêncio cobarde” diante de ordens políticas

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O líder da UNITA, Adalberto Costa Junior (ACJ), defendeu, nesta terça feira, 25, em reacção à recondução de Hélder Pitta Gróz ao cadeirão máximo da Procuradoria-Geral da República (PGR), a necessidade de este não se manter num “silêncio cobarde” diante de ordens políticas, de modo a que se garanta um funcionamento puro e transparente daquele órgão.

“Não queremos uma justiça partidária, que não cumpre o seu papel, que não protege o cidadão, que se comporta de maneira cobarde, que recebe ordens políticas. Esta justiça não serve Angola”, afirmou o líder do maior partido na oposição.

Adalberto Costa Júnior reagia à escolha discricionária de João Lourenço, quando falava para os muitos militantes do seu partido, na terça-feira, 25, na aldeia de Lopitanga, na província do Bié, onde participou das cerimónias fúnebres de Araújo Kacyke Pena, o sobrinho do líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi.

O líder do partido do Galo Negro começou por considerar Pitta Groz “uma pessoa simpática e educada”, porém, na sua opinião, “não cumpriu bem o seu mandato anterior, e, quando não se cumpre bem, não se renovam mandatos a pessoas que não cumpriram a sua missão de defender a República, os angolanos, o direito, as leis, o Estado”.

“É uma boa pessoa e educada, mas não serve a missão com a coragem que devia exercer. Por isso, que melhore o seu trabalho, sirva Angola e os angolanos, cumpra as leis e não fique no silêncio cobarde das ordens políticas”, acrescentou.

Adalberto Costa Júnior elencou um conjunto de erros erros cometidos pelo PGR: ficou em “silêncio perante a brutalidade [exercida] sobre activistas cívicos, a discriminação de militantes dos outros partidos, a falta de pluralidade e perseguição aos líderes dos outros partidos”.

O líder da UNITA disse também que o actual procurador-geral  não cumpriu bem o primeiro mandato, ficando em “silêncio perante imensas violações”, tendo sido “uma bengala do poder político que governa o país”, e defendeu, que só por isso, o general não devia ter sido reconduzido.

“O general está a ser reconduzido porque “cumpriu o programa de quem governa e de quem quer manter o programa partidário acima do interesse nacional”, considerou.

Entretanto, o Presidente João Lourenço, na tomada de posse, tinha um outro recado: encorajou a Procuradoria a fazer o seu melhor “numa missão que o mesmo assumiu como ‘desafiante’.

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