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JLo diz que “JES foi um líder que se apoiou na força do MPLA”

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Ao fim de dois discursos consecutivos sem qualquer alusão à figura daquele que foi o ‘grande timoneiro’ do partido que governa Angola há 46 anos — 38 dos quais sob uma única liderança, o presidente do MPLA, João Lourenço —, voltou, “finalmente”, a referir-se ao ex-Presidente da República José Eduardo dos Santos, deixando, porém, no ar “indicadores” de que a menção pode não ter sido assim tão simpática como era expectável.

Falando durante o acto político de massas, que teve lugar neste sábado, 11, no estádio 11 de Novembro — onde aconteceu o encerramento do VIII Congresso Ordinário do MPLA, que ditou a sua reeleição com 98% dos votos, para um mandato de mais cinco anos e em alusão aos 65 anos do aniversário do partido —, João Lourenço voltou a referir-se ao alcance da paz como um dos maiores ganhos do país.

Apesar de mencionar o antigo presidente do partido e da República, o discurso de João Lourenço deixa algumas brechas para uma interpretação que pode tender para qualquer um dos lados: do elogio e reconhecimento, ou mesmo para a ideia de que o partido MPLA sempre foi uma força superior à figura de José Eduardo dos Santos ou que este último esteve sempre a reboque do mesmo.

“Tinha que haver um líder e este líder suportava-se, apoiava-se na força de um partido político, na força do MPLA. Ele agiu como estadista, mas tinha atrás de si a força do MPLA. Estou-me a referir ao camarada presidente José Eduardo dos Santos, que, enquanto chefe de Estado e comandante-em-chefe das Forças Armadas, foi magnânimo e com esse seu comportamento garantiu que a paz, alcançada a 4 de Abril de 2002, perdurasse até aos dias de hoje”, disse João Lourenço.

O líder do MPLA, que reconheceu a responsabilidade de se conservar a paz alcançada e conseguida sob condução de José Eduardo dos Santos, defendeu que “a paz tem um começo, mas não pode ter um fim”.

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