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FILE PHOTO: Madagascar’s President Andry Rajoelina attends a meeting to discuss the 20th replenishment of the World Bank’s International Development Association, in Abidjan, Ivory Coast July 15, 2021. REUTERS/Luc Gnago

Madagáscar. Presidente da República demite todos os ministros

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O Presidente do Madagáscar, Andry Rajoelina, suspendeu todos os ministros do governo por maus resultados, considerando que não tinham desempenhado os seus cargos de forma eficaz, mantendo, no entanto, o primeiro-ministro, Christian Ntsay, em funções.

“Tal como acontece com os jogadores no campo, é preciso substitui-los assim que notamos que parecem fragilizados”, argumentou o líder deste país africano durante uma intervenção feita no fim-de-semana na televisão estatal, e na qual antecipava a decisão anunciada sexta-feira pelos meios de comunicação locais, citados pela agência espanhola Efe.

A troca dos ministros surge menos de uma semana depois de ter sido abortada uma alegada tentativa de golpe de Estado, que incluía a morte do Presidente e de outras personalidades.

A 20 de Junho foi preso um primeiro grupo de seis pessoas e a 2 de Agosto outros 21 suspeitos de participarem na trama foram também encarcerados, segundo o líder do tribunal de recurso da capital, Antananarivo.

Um dos documentos confiscados durante a investigação era um “plano estratégico, político e operacional” para eliminar cinco altos membros do governo e assim derrubar o executivo e garantir o poder, anunciou o responsável judicial.

Rajoelina, que já presidiu ao país entre 2009 e 2014, começou o seu segundo mandato em Madagáscar no princípio de 2019, depois de ter derrotado na segunda volta o candidato Marc Ravalomanana.

Esta nação insular perto de Moçambique continua mergulhada numa crise política há quase uma década, já que em 2009 o próprio Rajoelina, com a ajuda do Exército, derrubou do poder Ravalomanana (2002-2009) num golpe de Estado que fez mais de 100 vítimas mortais.

Madagáscar é um dos países mais pobres do mundo e enfrenta uma devastadora onda de fome que afeta mais de um milhão de pessoas, de acordo com as Nações Unidas.

*Texto Agência Lusa

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