Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República coordena comissão das exéquias de Nandó
O Presidente da República, João Lourenço, determinou, em despacho, a criação da comissão encarregue de elaborar o programa das exéquias de Fernando da Piedade Dias dos Santos ‘Nandó’, falecido, nesta quinta-feira, 18, em Luanda, aos 75 anos, vítima de morte súbita.
“Por ocasião do passamento físico do Dr.º Fernando da Piedade Dias dos Santos ‘Nandó’, antigo Vice-Presidente da República e antigo Presidente da Assembleia Nacional; é criada a Comissão encarregue de organizar as exéquias, coordenada pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, lê-se no despacho presidencial.
Integram a referida comissão o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, a ministra de Estado para a Área Social, o ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, o ministro do Interior, o ministro da Administração do Território, o ministro das Relações Exteriores, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, a ministra das Finanças, a ministra da Saúde, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.
Fazem também parte da comissão de serviço o secretário-geral do Presidente da República e o governador da província de Luanda, sendo que os titulares dos departamentos ministeriais devem fazer-se representar junto da coordenação da missão.
“A Comissão ora criada deve elaborar o programa das exéquias e criar todas as condições necessárias para a organização do funeral”, determina o despacho presidencial.
Fernando da Piedade Dias dos Santos teve uma crise na tarde desta quinta-feira, na sala de sauna, na sua residência, em Alvalade.
A equipa médica da Clínica Girassol, que atendeu ao pedido de resgate, relatou que encontrou o ex-Vice-Presidente da República no chão e desacordado, não tendo, por isso, sabido precisar, quanto tempo teria permanecido na sala de sauna sem sinais vitais.
O quadro sanitário foi descrito como de “trismo” — dificuldade ou incapacidade de abrir a boca normalmente devido a uma contração espasmódica e dolorosa dos músculos da mastigação (músculos da face e mandíbula) —, logo “à chegada e [com as] pupilas médio-fixas”.
Durante 40 minutos, a equipa de médicos encetou “manobras de reanimação por se desconhecer o tempo de paragem”, porém, o quadro não se alterou, ou seja, não houve qualquer retorno da circulação, tendo declarado óbito às 12h47.
