PIB angolano vai continuar a crescer “sempre abaixo da média regional da África Oriental e Austral”, prevê relatório ‘Pulsar África’ do Banco Mundial
Os especialistas do Banco Mundial (BM) prevêem que o Produto Interno Bruno (BIP) angolano continue abaixo da média regional da África Oriental e Austral. A informação é parte do relatório ‘Pulsar África’, lançado nesta terça-feira, 7, em Washington, nos Estados Unidos da América (EUA).
Para aquela instituição financeira, enquanto as região África Oriental e Austral cresce 3,2% este ano e acelera para uma média de 4,1% em 2026 e 2027, Angola deve ficar abaixo dos 3% e, tal como a África do Sul, vai prejudicar a média da região.
“Excluindo estes dois grandes países, a sub-região deverá crescer 3,3% em 2024 e 4,7% em 2025 e ancorar-se numa taxa ainda mais elevada de 5,9% em 2026 e 2027”, afirma o relatório do Banco Mundial.
Para além de ter um crescimento menor que a da região, Angola aparece também mal cotada entre os seus pares em relação à inflação.
Depois de um pico de 9,3% em 2022, no seguimento da pandemia de Covid-19, a subida dos preços desceu para 4,5% no ano passado e devera rondar os 4% neste e no próximo ano.
Segundo dados do BM, Angola está entre os nove países, incluindo o lusófono São Tomé e Príncipe, que devem manter a inflação acima dos 10% este ano.
No relatório, que analisa a evolução das economias africanas à luz do tema deste ano, ‘Caminhos para a Criação de Emprego em África’, os economistas do BM afirmam que “o acesso ao financiamento é um grande obstáculo enfrentado pelas empresas”, com mais de um terço das empresas inquiridas na África subsaariana a apontarem o financiamento como uma “limitação muito grave para os seus negócios”.
*Com a Lusa