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Tchade. Rebeldes recusam extensão do período de transição do poder

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O governo militar do Tchade adiou, no último fim-de-semana, a data das negociações de paz e reconciliação nacional, que estava agenda para o dia 10 do corrente mês, a pedido do Qatar, que está a actuar como mediador das negociações, mas os rebeldes alertam que “não vão permitir que se estenda o período de transição do poder”.

Apesar de concordarem com o adiamento do diálogo, cuja data de retoma não foi ainda divulgada, os rebeldes que estão a discutir no Qatar com as autoridades tchadianas alertam que esperam que a situação não sirva de “pretexto para o prolongamento” da transição.

“Os movimentos político-militares e aliados congratulam-se com a louvável iniciativa do Estado do Qatar… Que isso não sirva de pretexto para a prorrogação do período de transição”, escreveram os grupos armados do Tchade em nota de imprensa citada pela Agência France Press (AFP).

De acordo com a AFP, a capital tchadiana, N’djamena “deu o seu consentimento no domingo [passado] ao adiamento deste fórum inicialmente previsto para 10 de Maio, sem dar uma nova data, o que deverá levar à entrega do poder aos civis. Este adiamento foi decidido a pedido do Qatar, mediador de um “pré-diálogo” que está parado há um mês e meio em Doha, capital do Qatar, entre a junta militar e os inúmeros grupos rebeldes”.

Dias depois de assumir o poder em Abril de 2021, a junta, liderada por Mahamat Idriss Déby Itno, filho do ex-Presidente Idriss Déby, anunciou que o período de transição de 18 meses poderia ser prorrogado uma vez. Paris, a União Europeia e a União Africana solicitaram então que a transição não ultrapassasse o referido período.

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