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TAAG assina acordo de 200 milhões/ano para o transporte de carga da China para África e América do Sul

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A Companhia Aérea de Angola-TAAG assinou, esta quarta-feira, 15, um acordo que lhe vai render anualmente 200 milhões de dólares (cerca de 86,8 mil milhões de kwanzas) com a China Lucky Aviation para transporte de carga a partir de Changsa, na China, para distribuir na África e América do Sul.

De acordo com o presidente executivo da TAAG, Eduardo Soria, este acordo de longo prazo, que está essencialmente orientado para o transporte de carga (produtos comerciais) “vai permitir colocar Luanda e Angola no caminho das novas relações intercontinentais e de logística” no mundo pós-Covid-19.

O PCE sublinhou que, para além de ser um acordo importante para os dois países, será também “um factor decisivo para o Novo Aeroporto Internacional de Luanda (NAIL), que vai entrar em funcionamento no próximo ano”, e uma oportunidade para colocar África no mapa do tráfego internacional de carga, face à deficiência do continente neste âmbito.

Segundo o responsável, o acordo, que passa a vigorar já esta semana, marca o regresso da TAAG à China e abre a possibilidade de novos mercados na América do Sul e Central, além do Brasil; bem como noutras cidades chinesas, com destaque para Hong Kong, a capital chinesa Pequim, Chengdu Tianfu, Guangzhou, Chengdu Shuangliu e Shangai Hongqiao, que são as principais cidades comerciais do gingante asiático.

A parceria, segundo avançou a Lusa, pode chegar também a outros destinos adicionais, entre os quais a Índia, países da África Subsaariana e Europa.

A rota Changsha-Luanda-São Paulo entra em operacionalização já nesta semana e para atender ao contrato, que prevê a utilização de aviões TAAG em regime charter, a companhia vai adicionar à frota duas novas aeronaves Boeing 777, que se vão juntar às outras oito já existentes do mesmo modelo.

Eduardo Soria avançou que, para começar, serão realizados dois voos por semana que poderão transportar carga de diversos tipos, desde vestuário a material logístico, estimando-se uma movimentação em torno das 200 ou 300 toneladas semanais.

Por sua vez, o representante geral da China Lucky Aviation (CLCA), Tongxi Li, afirmou que a empresa, que opera a partir de uma zona logística especial na província de Hunan, tem parcerias estratégicas com mais de 20 companhias aéreas mundiais, acrescentando que o acordo vai gerar mais de 200 postos de trabalho nos aeroportos de Luanda.

“A CLCA está também a trabalhar com a TAAG, em conjunto com os governos dos dois países, para construir dois hubs logísticos aéreos intercontinentais de passageiros e carga com Angola como país-chave”, precisou o responsável da CLCA.

Nok Nogueira

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