Suspeito do assassinato de Moise foi informante de agência dos EUA
Um dos suspeitos de ter participado do assassinato do Presidente haitiano Jovenel Moise na última quarta-feira, 7, foi informante da DEA, a agência anti-drogas dos Estados Unidos, segundo confirmou a própria entidade nesta terça-feira (13).
“Depois do assassinato do presidente Moise, o suspeito se comunicou com um de seus conctatos na DEA, e um funcionário da agência designado para o Haiti insistiu para que ele se entregasse às autoridades locais”, explicou a agência à emissora “CNN”.
A DEA detalhou que, junto com o Departamento de Estado, ofereceu informação ao governo haitiano que ajudou na prisão do suspeito e de outra pessoa.
Durante o ataque ocorrido na quarta-feira passada, que, segundo as autoridades do Haiti, contaram com o envolvimento de pelo menos 28 pessoas, o grupo responsável pela invasão anunciou que se tratava de uma operação da DEA.
No comunicado à “CNN”, a agência garantiu que nenhum dos autores do ataque agiu em nome da DEA no incidente.
Ao menos dois cidadãos norte-americanos de origem haitiana, Joseph Vincent, de 55 anos, e James Solages, de 35, foram presos pelo ataque à residência de Moise, no qual a primeira-dama também ficou ferida. Na segunda-feira, o haitiano-americano Christian Emmanuel Sanon foi preso e apontado como o principal responsável pelo ataque.
Outros 17 suspeitos detidos no Haiti são colombianos, e 11 deles foram identificados pelo Ministério da Defesa da Colômbia como ex-membros das forças armadas do país.
O governo dos EUA enviou ao Haiti uma equipe de especialistas para colaborar com a investigação do assassinato de Moise. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, expressou preocupação com a situação haitiana na segunda-feira.