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Sudão do Sul retoma produção e exportação de petróleo suspensa há um ano

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O Sudão do Sul anunciou que vai retomar a sua produção de petróleo a partir desta quarta-feira, quase um ano depois da rutura, provocada por ataques das forças em guerra no Sudão, o ter deixado inoperacional.

O retomar da produção e exportação, através do vizinho Sudão, diz respeito à produção nos blocos 3 e 7 operados pela Dar Petroleum Operating County (DPOC), uma das empresas que administra, dentro de um consórcio, o campo de petróleo do Sudão do Sul.

“O dia D que estamos à espera é amanhã, 8 de janeiro de 2025”, disse o ministro do Petróleo, Puot Kang Chol, acrescentando que o seu ministério “deu indicações à DPOC (…) para iniciar imediatamente o retomar das operações”.

O grupo não confirmou a informação.

Após a ruptura do oleoduto, estratégico, em fevereiro passado numa “área de operação militar”, o Sudão, em guerra, anunciou que uma “força maior” o impedia de cumprir as suas obrigações de garantir “o transporte e entrega de petróleo bruto através oleoduto”.

Essa limitação foi oficialmente levantada pelo Governo sudanês através de uma carta datada de 4 de janeiro de 2025, disse Chol, numa conferência de imprensa em Juba que se segue a meses de negociações envolvendo o Sudão do Sul, Sudão e empresas parceiras.

O responsável sublinhou que a recuperação será um processo gradual com uma meta de 90.000 barris por dia para os primeiros seis meses.

Antes da paralisação, a produção ultrapassava 150.000 barris de petróleo por dia, de acordo com a BP Statistical Review of World Energy.

Ao proclamar a sua independência em 9 de julho de 2011, após décadas de conflito com Cartum, o Sudão do Sul herdou 75% das reservas de petróleo pré-secessão do Sudão. Mas, sem litoral, continua a depender da infra-estrutura sudanesa o poder exportar.

LUSA

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