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Sonangol terá de reactivar “por ela própria” a refinaria do Lobito, diz ministro Diamantino de Azevedo

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O titular da pasta do Ministério dos Recursos Mineiras, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, admitiu, na semana passada, em Houston, nos Estados Unidos da América (EUA), que as cinco candidaturas para a reactivação da Refinaria do Lobito não colheram a satisfação do governo, pelo que será a petrolífera estatal a levar a cabo o projecto, avançou a revista Forbes África Lusófona.

O anúncio do vencedor estava previsto para o mês de Dezembro do ano passado, mas só agora o Ministério dos Recursos Mineiras, Petróleo e Gás veio a público esclarecer que as razões do atraso se deveram ao facto de “nenhum dos candidatos ter apresentado o postulado, pelo que a Sonangol acabou por ser a indicada”.

“Depois de termos feito um concurso internacional, não nos agradaram os resultados, digo-o publicamente, e orientámos para que a Sonangol reactivasse o projecto por ela própria e por meio dela própria”, disse o ministro Diamantino Azevedo, durante um workshop sobre oportunidades de investimentos, organizado pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), em Houston, EUA.

“Temos de tratar dos combustíveis fósseis, mas não vamos abdicar dessa bênção que alguém um dia nos deu. Contudo, devemos claramente fazê-lo com respeito pelo ambiente. O governo está a finalizar a estratégia para a transição energética. E, como se diz entre nós, enquanto está a falar, está a fazer”, frisou.

O governante angolano salientou que já teve a oportunidade de estar reunido com o consórcio americano que ganhou a refinaria do Soyo com capacidade para 100 mil barris/dia.

“Tomámos a decisão de reactivar o Lobito com capacidade para 200 mil barris/dia. Por outro lado, em breve iremos apresentar os resultados do trabalho feito na refinaria de Luanda, que vai aumentar a capacidade de produção de gasolina três vezes mais”, anunciou.

Estiveram inscritos no referido concurso; O consórcio constituído pela LANPEC Technology Limited (da China) e International Business Development Group (IBD, dos Estados Unidos), o segundo integrado pela Gemcorp Holding Limited (a britânica já seleccionada investidora da Refinaria de Cabinda) e a Omatapalo Engenharia e Construção SA.

O outro consórcio é integrado pela HullByth Man Power Comércio Geral e Prestação de Serviços (HBMP), a AVIC International Beijing Co Ltd e a China Huanquiu Contacting & Engineering Co Ltd, enquanto as duas empresas são a Layher (Pty) Ltd e a GazMin International.

*Com a revista Forbes África Lusófona

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