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Sindicato dos Professores do Ensino Superior convoca greve geral por tempo indeterminado para 10 de Novembro

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O Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) anunciou, nesta sexta-feira, 29, uma greve geral por tempo indeterminado, a ter início no próximo dia 10 de Novembro. Em causa está a falta de entendimento entre o órgão sindical e o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) no que à melhoria das condições para os docentes universitários.

O SINPES reclama dos “salários muito baixos” que auferem os docentes universitários, razão pela qual exige que seja feito um reajuste aos salários dos professores catedráticos equivalente em kwanzas a cinco mil dólares norte-americanos, contra os actuais 400 mil kwanzas.

O secretário geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto, disse nesta quarta-feira à imprensa que, enquanto vigorar a greve, serão mantidos piquetes por cada unidade orgânica a nível nacional, regional e institucional. “Todas as regiões estão informadas e dispostas a fazer cumprir a greve”, frisou.

O sindicalista reclamou o facto de o ministério se mostrar indiferente às exigências contidas no caderno reivindicativo, que já que se encontra em posse daquele departamento ministerial desde 12 de Maio de 2018.

“Há um caderno reivindicativo na mesa do Ministério do Ensino Superior já desde 2018. A maioria das questões não foram atendidas. Nós concedemos uma moratória de 60 dias, mas, infelizmente, o Ministério do Ensino Superior, apenas a menos de 48 horas, enviou-nos o convite às 20h40 minutos”, explicou Eduardo Peres Alberto.

Constam do caderno reivindicativo os baixos salários, a falta de condições laborais, a dívida resultante da suspensão dos subsídios dos professores, contraída em 2011, e a não realização das eleições nas Instituições de Ensino Superior (IES).

Recordar que em 2018 o Presidente da República, João Lourenço, assinou um despacho no qual orientava o referido ministério a criar as condições necessárias para a realização das eleições em todas as universidades públicas, a partir de 2019.

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