SIC desmantela rede de prostituição operada por mais de 60 cidadãos asiáticos em hotel dissimulado na Cidade da China
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) desmantelou, no último sábado, no interior do Hotel Bay Day, na Cidade da China, em Luanda, uma rede de prostituição operada por 68 cidadãos chineses e vietnamitas. Os visados estão acusados dos crimes de lenocínio e exploração sexual de menores.
O crime de lenocínio refere-se à prática de fomentar, facilitar ou explorar a prostituição de outra pessoa, seja por meio de lucro directo, seja através da manutenção de casas de prostituição ou outras formas de intermediação. É considerado um crime que atenta contra a dignidade sexual e a autonomia individual.
De acordo com o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da direcção-geral do SIC, superintendente-chefe Manuel Halaiwa, os indivíduos vão também responder pelos crimes de cárcere privado e transgressão administrativa.
A quadrilha, segundo o SIC, mantinha em cativeiro as suas compatriotas, com idades entre os 17 e os 23 anos, que diariamente eram exploradas sexualmente em troca de dinheiro que era pago directamente aos responsáveis do bordel.
“As vítimas foram atraídas para Angola com propostas de emprego em estabelecimentos comerciais, mas as promessas não passavam de um pretexto para serem submetidas à exploração sexual”, detalha Manuel Hailawa, sublinhando que “a investigação contou com o auxílio do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME)”.
Durante a acção policial feita no interior do hotel, onde todos se encontravam, as autoridades apreenderam 52 passaportes e quatro cartões de residência, por violação das normas migratórias.
Os detidos foram encaminhados ao Ministério Público, para os subsequentes procedimentos legais.