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Representante do FMI em Angola garante que eleições de 2022 não condicionam um novo acordo

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O representante do Fundo Monetário Internacional em Angola (FMI), Marcos Souto, garantiu esta terça-feira, 17, que as eleições previstas para o ano de 2022 não condicionam um possível novo acordo de financiamento, sendo esta uma decisão que depende única e exclusivamente do governo angolano.

Marcos Souto, que falava durante um webinar sobre o Impacto da Reestruturação Económica na Definição do Orçamento Geral do Estado (OGE), afirmou que “é o governo angolano quem deve responder se vai ou não assinar um novo acordo de financiamento”, quando em Dezembro próximo terminar o vigente.

“É uma decisão completamente do governo angolano. Quais os próximos passos [que] desejam dar, relacionados ou não com as eleições”, assegurou, Marcos Souto.

A decisão a ser tomada, segundo Marcos Souto, “leva em consideração questões de natureza económica”, já que que é o governo de Angola que deve analisar o seu engajamento com o fundo.

“É uma decisão total do governo angolano”, reafirmou, defendendo que a função do FMI “é simplesmente tentar estar disponível para dar o suporte que nos for possível”.

Em Julho último, em declarações à Lusa, o representante do FMI em Angola considerou que as autoridades angolanas estão comprometidas “no que diz respeito ao caminho de prudência das finanças públicas”, isto a propósito do período pré-eleitoral que se aproxima, propício a gastos.

“Não temos indicação de um momento expressivo de gastos sugeridos por um ano eleitoral, mas as discussões para o orçamento vão começar em breve e aí teremos mais visibilidade para ver qual o valor do barril de petróleo que será usado no orçamento, e como querem usar os recursos”, referiu na ocasião.

O programa de ajustamento financeiro foi implementado em Dezembro de 2018, no valor de 3,7 mil milhões de dólares norte-americanos, tendo sido aumentado para 4,5 mil milhões, em Setembro de 2020. Do valor, 3 mil milhões foram entregues ao executivo angolano, a que se juntou o valor de 772 milhões, anunciado em Junho, aquando da quinta revisão, fase que termina em Dezembro deste ano.

Jaime Tabo

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