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Receitas petrolíferas angolanas caíram 18% para 6,4 mil milhões USD no I trimestre de 2025

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Angola arrecadou 6,4 mil milhões de dólares norte-americanos (cerca de 5,8 biliões de kwanzas, no câmbio actual) com a exportação de 85,14 milhões de barris de petróleo no primeiro trimestre de 2025, representando uma redução nas receitas de 18% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

A informação foi avançada nesta quinta-feira, 24, em Luanda, pelo secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, durante a apresentação do balanço preliminar das exportações de petróleo e gás natural no período em referência.

Quanto ao volume de exportação, José Barroso detalhou haver uma diminuição de 13,5% em relação aos últimos três meses do ano transacto e 9,8% face ao período homólogo de 2024.

No primeiro trimestre deste ano, a China manteve-se como o principal destino das exportações do crude angolano, com 63,80%, seguida da Índia (10,29%), Indonésia (6,43%) e da Espanha e Malásia, com 3,40% e 3,22%, respectivamente.

Segundo o secretário de Estado, o preço do Brent no mercado internacional apresentou uma trajectória volátil nos primeiros três meses deste ano, com tendência geral de queda, resultante de vários factores, entre os quais a retração da procura internacional do produto; as políticas tarifárias e a expectativa de aumento das taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos da América.

José Barroso apontou ainda como favores da retração a queda do sector imobiliário na China, associada ao fraco crescimento económico global, bem como a decisão da OPEP+ de aumentar a produção de petróleo neste mês e as incertezas nas negociações de cessar-fogo na Ucrânia e Faixa de Gaza.

O director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), Alexandre Garret, avançou que, do total do volume de exportação do petróleo, 24,65% pertence à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e 16,31% à Sonangol.

Quanto à quota das companhias internacionais, a Azule Energy contribuiu com 13,44%, a TotalEnergies (11,47%), Esso (10,80%), SSI (8,81%), Equinor (6,83) e a Cabgoc com 5,88%.

As principais ramas comercializadas foram a Dália (14,52%), Mostarda (10,42%), Paz Flor (8,87%), Clov, Nemba e Kassanje, com 7,05%, 6,93% e 6,72%, respectivamente.

No que diz respeito à exportação de Gás Natural Liquefeito (LNG), Gás de Petróleo Liquefeito (LPG) e Condensados registou-se um milhão, 112 mil e 89 toneladas métricas, mais 19,27% face ao período homólogo de 2024, gerando uma receita de 758,7 milhões dólares.

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