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Queda dos preços do petróleo faz FMI rever em baixa o crescimento da economia angolana para 2,4% este ano

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as perspectivas de crescimento económico para Angola em 2025 de 3% para 2,4%, devido à queda dos preços do petróleo e condições restritivas do financiamento externo. A organização alerta ainda para os riscos sobre o desempenho orçamental.

As conclusões do FMI foram divulgadas nesta quarta-feira, 14, após uma missão de avaliação pós-financiamento, liderada pela consultora Mika Saito, que decorreu entre 6 e 12 de Maio, em Luanda, e que vai servir de sustento para a elaboração de um relatório que deve ser discutido no Conselho Executivo da organização em Julho próximo.

O FMI destaca que o crescimento económico de Angola em 2024 foi “robusto”, atingindo 4,4%, impulsionado pelo aumento da produção petrolífera e pela retoma do sector não petrolífero, mas avisa que as perspectivas de futuro se deterioraram, gerando riscos, devido à queda dos preços do petróleo e condições restritivas do financiamento externo.

“Consequentemente, a projecção preliminar de crescimento para 2025 foi revista em baixa, de 3% para 2,4%, aquando da consulta ao abrigo do Artigo IV [processo de consulta bilateral que o FMI realiza com os seus países membros para analisar a evolução da economia e das políticas económicas do país] de 2024, prevendo-se que a inflação continue a diminuir gradualmente”, adianta o FMI.

O comunicado da organização alerta ainda para o facto de a revisão em baixa das perspectivas económicas colocar também riscos ao desempenho orçamental.

A equipa do FMI acrescenta, no entanto, que está “confiante” na determinação das autoridades angolanas em “conterem os riscos emergentes e identificarem medidas de mitigação essenciais para preservar a estabilidade macro-económica e a sustentabilidade da dívida, protegendo simultaneamente os mais vulneráveis e a dinâmica de crescimento”.

As Avaliações Pós-Financiamento (PFE, na sigla inglesa) estão previstas para países aos quais o FMI emprestou dinheiro, mas que já não estão sob programa do Fundo, e visam avaliar as políticas do país; se a economia do país é estável e sustentável e se o país membro tem capacidade de reembolsar o Fundo.

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