Produção petrolífera em Angola volta a tombar em Maio com um défice de cerca de 150 mil barris diários
A produção petrolífera em Angola voltou a ficar abaixo do previsto em Maio, com uma média diária aproximada de 1,01 milhão de barris por dia (bpd), cerca de 150 mil barris abaixo das metas estabelecidas (-13%), revelou a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG).
De acordo com o resumo mensal da ANPG, divulgado esta terça-feira, 17, o país produziu 31,48 milhões de barris em Maio, enquanto a produção de gás natural associado ao petróleo atingiu 81 mil milhões de pés cúbicos ao longo do mês passado, com uma média diária de 2,6 mil milhões de pés cúbicos.
A maior parte desta produção, segundo a ANPG, foi reinjectada nos reservatórios para manter a pressão e garantir a extracção de petróleo, outra foi encaminhada para a fábrica Angola LNG (ALNG), localizada em Soyo, e outra utilizada na geração de energia para as plataformas.
Apesar da quebra na produção de petróleo, a unidade de liquefação ‘Angola LNG’ ― instituição responsável pela gestão e operação da usina de produção de gás natural liquefeito no país ― registou um desempenho ligeiramente acima do previsto, com 4,48 milhões de barris de óleo equivalente (boe) produzidos em Maio, mais 0,16% que o estimado.
Isso traduziu-se numa média diária de cerca de 145 mil barris de óleo equivalente, incluindo gás natural liquefeito (LNG), propano, butano e condensados, refere a ANPG.
Do total produzido, quase 29 milhões de barris foram exportados, enquanto cerca de 1,79 milhão de barris foram destinados à Refinaria de Luanda para abastecer o mercado interno.
Angola é, a par da Nigéria, o maior produtor de petróleo de África e continua a depender fortemente do crude para garantir receitas fiscais e divisas.