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Processo de privatização da Sociedade Gestora de Aeroportos arranca no último trimestre deste ano

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O processo de privatização da Sociedade Gestora de Aeroportos, SA (SGA), no âmbito do Programa de Privatizações (Propriv), deverá ter início no último trimestre do corrente ano.  A garantia foi dada, na quarta-feira,18, pelo presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar.

Em declarações à imprensa, após um encontro de concertação com a administração da SGA, na sede social da empresa gestora de aeroportos, Patrício Vilar avançou já terem sido analisados ​​todos os desafios e passos a serem dados, de modo a que se inicie o processo de privatização da SGA ainda este ano.

“Estamos a apontar o início do processo para o quarto trimestre deste ano, porque entendemos ser necessário analisar uma série de acções precedentes relativas às contas e estratégia de rentabilização de cada um dos aeroportos, que tem que estar sedimentada antes de se chamar os concorrentes à licitação ”, afirmou Patrício Vilar.

Questionado sobre quanto se estima arrecadar com a privatização da SGA, o responsável disse que, mais do que arrecadar, “o mais importante é a viabilização da empresa”, citando como exemplo o facto de a SGA ter sobre si alguns passivos, situação que leva o IGAPE a olhar mais para a recuperação e a viabilização da SGA do que para a arrecadação de receitas.

“Neste momento, a nossa expectativa de valores não é o que se coloca, mas sim a expectativa de que amanhã haja uma actividade aeroportuária em Angola que permita que o país seja um hub aeroportuário e este é o desafio em que temos todos de trabalhar”, frisou.

Patrício Vilar sublinhou ainda que “maior desafio nestes processos de privatização, é arregimentar o parceiro tecnológico e da indústria de gestão de aeroportos, que possa vir e tornar essa estratégia vitoriosa”.

Quanto aos postos de trabalho dos funcionários e colaboradores da empresa, uma vez que a mesma vai ser privatizada, o PCA do IGAPE assegurou que a privatização da SGA não inscreve a redução de postos de trabalho, mas a melhoria da sua produtividade.

“A questão dos postos de trabalho é sempre uma questão mal colocada, porque o problema não é o número de postos de trabalho. O problema é a produtividade dos postos de trabalho”, sublinhou.

Já para o presidente do Conselho de Administração da SGA, Mário Miguel Domingues, a privatização da empresa vai concorrer para a melhoria do desempenho produtivo e financeiro da empresa, “que vai permitir que se potencie mais know-how para a actividade que se pretende”.

“Neste momento, precisamos de know how e mais algum aporte financeiro e precisamos de privatizar a empresa para atrair operadores internacionais para melhorar a performance e a eficiência da empresa”, adiantou o responsável à imprensa.

A privatização da SGA decorre do Despacho Presidencial N.º 284/22, de 15 de Dezembro, que a autoriza, mediante Concurso Limitado por Prévia Qualificação, a privatização de 51% do capital social da Empresa Gestora de Aeroportos, SA, detidas indirectamente pelo Estado através do IGAPE (25,5%), e da TAAG, SA (25,5%).

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