Primeiro ministro da Saúde da República também se demarcou da lista das condecorações e acredita que JLo a assinou “de cruz”
O primeiro ministro da Saúde da história da República de Angola, Mário Afonso d’Almeida ‘Kasesa’, demarcou-se da cerimónia de condecoração de diversas personalidades angolanas que tiveram envolvimento na luta pela independência do país e na promoção da democracia, da paz e da reconciliação nacional, a ter lugar nesta terça-feira, em alusão ao 4 de Abril.
À semelhança das razões invocadas por Alexandra Simeão — que solicitou a substituição do nome da mãe, Anália de Victória Pereira, pelo da zungueira Juliana Kafrique (morta a tiro pela Polícia Nacional, em 2021) da lista das personalidades a homenagear nesta terça-feira — Kasesa também questionou os critérios que levaram à elaboração do que chamou de “listas atabalhoadas”.
“Que critérios estiveram na base da classificação das Ordens e dos graus para se poder elaborar listas tão atabalhoadas, díspares, disparatadas, injustificadas e injustas em algumas atribuições?”, questionou Kasesa, através de uma SMS — Serviço de Mensagens Curtas, em português —, que circula na rede social WhatsApp, atribuída ao também tenente-general reformado.
Ex-deputado e militante do MPLA desde a sua criação, tendo sido combatente da luta de libertação nacional, Mário Afonso de Almeida acredita que, diante das ‘incorrecções’ contidas nas listas dos homenageados propostos, o Presidente João Lourenço as teria “assinado ‘de cruz’, para a despachar”.
“É por isso que, enquanto não formos esclarecidos, eu Mário Afonso d’Almeida (Kasesa), agradecendo embora a inclusão numa lista de condecorados, não me farei presente, nem representado em acto de outorga dessa honrosa distinção pela minha patriótica e nacional contribuição na Luta de Libertação, na fundação da nação e na participação e no desenvolvimento das diferentes instituições e sectores deste nosso querido país, Angola”, declarou o nacionalista.
