Presidente João Lourenço inaugura Refinaria de Cabinda e garante “auto-suficiência” em refinados com a conclusão de duas outras
O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou, nesta segunda-feira, 1, a Refinaria de Cabinda, um investimento de 473 milhões de dólares norte-americanos, que vai, numa primeira fase processar, 30 mil barris de petróleo por dia — metade da sua capacidade total.
A unidade fabril, tutelada pela Sonangol e a Gemcorp, vai contar com uma capacidade de processamento de 60 mil barris de petróleo por dia, porém, vai entrar em funcionamento com 30 mil nessa fase.
Localizada no município de Tando-Zinze, a 20 quilómetros da cidade Cabinda, a nova unidade vai produzir gasóleo, combustível de avião, fuel e nafta “assegurando o abastecimento interno, reduzindo a dependência de importações e criando excedentes para exportação”, de acordo com a Sonangol.
Com um investimento global que ascende os 473 milhões de dólares norte-americanos, dos quais 335 resultaram de financiamento internacional, o empreendimento industrial é considerado “um dos pilares estratégicos da indústria petrolífera angolana e um símbolo de confiança no futuro”.
Após a cerimónia de inauguração, em declarações aos jornalistas, o Presidente João Lourenço disse que com a conclusão das refinarias do Soyo e do Lobito, o país deve alcançar a sua auto-suficiência em produtos refinados.
Sem avançar prazos de conclusão dessas infra-estruturas, o chefe do executivo angolano admitiu que a Refinaria do Soyo está com alguns constrangimentos, no entanto, garantiu, que as autoridades não desistiram da edificação do projecto.
“Não se desistiu da construção dessa refinaria [do Soyo], o que se está a fazer é levar o investidor a ultrapassar os constrangimentos existentes. Depois temos a grande Refinaria do Lobito, que é um projecto antigo, começou há muito tempo e também (esteve) paralisado uns bons anos”, disse aos jornalistas.
Recentemente, o governo decidiu retomar as obras da Refinaria do Soyo, porque, salientou o Presidente, “a grande esperança é que esta [quando concluída], juntamente com a Refinaria do Lobito, vão trazer a tão almejada auto-suficiência na produção de produtos refinados para o país”.
João Lourenço frisou ainda que o governo aprovou, em 2021, incentivos fiscais à Gemcorp para impulsionar a indústria nascente no segmento da refinação de petróleo, a exemplo da Refinaria de Cabinda, admitindo possíveis incentivos ao investidor da Refinaria do Lobito.