Presença de observadores internacionais nas eleições de Agosto depende do Executivo, diz embaixador dos EUA em Angola
O embaixador norte-americano em Angola, Tulinabo S. Mishingi, afirmou, no domingo, 27, que a decisão sobre a comparência de observadores internacionais para acompanhar as eleições previstas para Agosto deste ano compete ao Executivo angolano.
“A decisão pertence ao governo angolano. Tudo isso vai ser discutido e no tempo certo saberemos”, disse Tulinabo S. Mushingi, em entrevista à Lusa.
“Até agora, Angola não decidiu sobre esta questão, vamos esperar”, acrescentou o embaixador, salientando que “se o país está a falar sobre transparência, esta deverá ser uma das questões em que vai procurar uma solução” e manifestou a disponibilidade dos Estados Unidos da América (EUA) para partilhar as suas experiências sobre democracia com Angola.
O diplomata apontou o facto de, em muitas democracias — mencionando até mesmo o seu país — ocorrerem tensões, mas minimizou os últimos incidentes ocorridos na província do Uíge, entre militantes do MPLA e da UNITA.
“As tensões acontecem em muitas democracias, em muitas eleições do mundo, mesmo nos EUA, isso não me preocupa neste momento”, tranquilizou.
Tulinabo S. Mushingi referiu-se à necessidade de haver um trabalho conjunto, de evasão à violência e respeito mútuo, entre os protagonistas das tensões.
“Há uma ideia de poderem trabalhar juntos, de evitar violência e respeitar cada lado”, manifestou.
Tulinabo S. Mushingi foi embaixador no Senegal e na Guiné-Bissau, de 2017 a 2022, e no Burkina Faso de 2013 a 2016. Foi nomeado pelo Presidente norte-americano Joe Biden, a 19 de Abril de 2021, e confirmado pelo Senado dos EUA a 18 de Dezembro de 2021, como embaixador em Angola.
*Com a Lusa