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Parlamentares criticam “insensibilidade governativa” e falta de diálogo com os trabalhadores

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O Grupo Parlamentar da UNITA criticou, esta semana, através de um comunicado, aquilo a que considera ser uma postura “insensível” do executivo, a quem acusa de ser incapaz de encontrar formas eficazes de diálogo com os representantes legítimos das distintas classes de trabalhadores e pelo fracasso na implementação de medidas de políticas com impacto directo na vida do cidadão, das famílias e das empresas.

Os parlamentares do Galo Negro, que dizem “constatar com enorme preocupação o agravamento da crise económica e social no país”, atribuem à actual posição do executivo a razão de ser do impasse e da falta de diálogo que tem provocado o “crescente movimento grevista” que tem atingido a classe dos médicos, enfermeiros, professores universitários, oficiais de Justiça, trabalhadores da EPAL, ENDE, assim como os mais recentes acontecimentos envolvendo os taxistas.

Os deputados do maior partido na oposição condenam os actos de violência ocorridos nesta segunda-feira, 10, salientando que os mesmos “em nada ajudam a resolver as reivindicações em curso” e apelaram a que fosse corrigida a postura de “indiferença dos gestores das instituições públicas, cuja morosidade nas respostas tem levado à saturação dos afectados”.

“Numa altura em que o país se prepara para celebrar 20 anos do calar das armas e espera realizar as quintas eleições gerais, é urgente que se resolvam pela via do diálogo construtivo e abrangente os problemas básicos que afligem os cidadãos e que condicionam a paz social e a paz política”, apelou o Grupo Parlamentar da UNITA.

Em face do actual quadro de ameaças e de greves, os deputados à Assembleia Nacional pela UNITA instam as entidades governamentais a abrirem-se ao diálogo e à concertação, por entenderem que se trata da “única via capaz de ajudar a resolver as preocupações das classes socioprofissionais”.

“A presente crise social vem mais uma vez provar que as prioridades do governo e as opções políticas expressas no OGE-2022 estão equivocadas e distantes dos principais desígnios nacionais”, criticaram os parlamentares, quando reagiriam aos acontecimentos decorrentes da greve dos taxistas em Luanda e dos actos de vandalismo ocorridos no Benfica, na segunda-feira.

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